Omega prova que pode crescer via aquisições com compra da CEA III, diz Credit Suisse
A conclusão da compra da usina eólica CEA III mostra que a Omega Geração (OMGE3) tem fôlego para crescer via aquisições, de acordo com relatório do Credit Suisse, assinado pelos analistas Carolina Carneiro e Luís Lima.
“Acreditamos que a aquisição confirma o sucesso da estratégia da administração de buscar crescimento por meio de acordos de direito de preferência, como uma fonte de expansão agressiva da companhia”, afirma o texto distribuído aos clientes.
O Credit Suisse acrescenta que a Omega possui direitos de preferência em contratos que somam uma capacidade instalada de mais de 3,8 gigawatts (GW). A CEA III possui capacidade de 50 MW e integra o Complexo Eólico de Assuruá, na Bahia, cuja capacidade total é de 2 GW.
O projeto foi desenvolvido pelo FIP IEER, um fundo de investimentos em energias renováveis.
Além da CEA III, a Omega possui direitos de preferência para a compra das usinas eólicas Delta Wind e Assuruá Wind, que somam 1,350 GW de capacidade, e das usinas solares Delta Solar e Assuruá Solar, que totalizam 1,4 GW.
Acordos na fila
Segundo o Credit Suisse, os termos em que a aquisição de CEA III tenham ficado acima das suas expectativas, o PPA (Power Purchase Agreement, que representa o custo de aquisição de empresas de energia, considerando-se sua capacidade de geração) e o pagamento com ações acarretou um valor presente líquido (NPV) melhor que o esperado pelos analistas.
O banco reafirmou, por isso, sua recomendação de outperform (desempenho acima da média do mercado) para as ações da Omega, com preço-alvo de R$ 38,70 para os próximos 12 meses.
Isso implica um potencial de valorização de 5,50% sobre o preço de referência.
Os investidores parecem concordar com o Credit Suisse. Por volta das 14h38, as ações da companhia subiam 0,16%, negociadas a R$ 36,74. No mesmo instante, o Ibovespa, principal indicador da B3, recuava 0,44%, para 116.017 pontos.