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Omega Geração vê lucro dobrar no 4° tri com produção recorde em usinas

03 mar 2021, 11:25 - atualizado em 03 mar 2021, 11:25
Ômega Geração
Bons ventos: lucro da Omega dobrou em relação ao quarto trimestre de 2019 (Imagem: YouTube/Omega Energia)

A empresa de energia renovável Omega Geração (OMGE3) registrou lucro líquido de 99,5 milhões de reais no quarto trimestre de 2020, forte alta de 101% ante mesmo período ao ano anterior, ajudada pela produção recorde em suas usinas.

A empresa, que expandiu em 78% a capacidade instalada em 12 meses, com aquisições, viu o resultado beneficiado por um salto de 38% na produção de energia, segundo balanço divulgado na manhã desta quarta-feira.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) cresceu 66% ano a ano, para 353 milhões de reais, com aumento de 18% em base ajustada, para 287 milhões de reais.

No ano completo de 2020, a Omega teve lucro líquido de 54,7 milhões de reais, aumento de 68% frente a 2019. O Ebitda ajustado avançou 9%, para 756,4 milhões de reais.

A companhia viu a receita líquida crescer 19% no último trimestre ante o mesmos meses de 2019, para 393 milhões de reais. Isso resultou em lucro bruto de energia de 313,8 milhões de reais no período, alta de 27% em base anual.

Ventos a favor

A Omega disse que a geração de energia foi beneficiada por melhores ventos na região de seu complexo eólico Delta e pela maior disponibilidade das usinas, assim como pela entrada em seu conjunto de ativos do parque eólico Chuí, adquirido junto à Eletrobras.

A empresa acrescentou que pelo menos nove de seus parques eólicos ficaram durante todo o trimestre entre os 10 com melhor desempenho no Brasil, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), com fatores de capacidade chegando a 86,4%.

Durante o ano, a Omega ainda retomou as operações da pequena hidrelétrica Serra das Agulhas, paralisada no início de 2020 após fortes chuvas em Minas Gerais. A produção reiniciou em novembro.

A companhia encerrou 2020 com 1.869 megawatts em capacidade instalada de geração, após a compra de Chuí e de outros ativos, como fatias nos parques Ventos da Bahia 1 e 2 e as usinas Delta 7 e 8 e Assuruá 3.

Top 10: nove parques eólicos da Omega ficaram entre os que mais geraram energia (Imagem: Divulgação/Ômega Geração)

No caso de Chuí, com 582 megawatts, no Rio Grande do Sul, a Omega disse que tem identificado possibilidades de otimização que podem gerar um retorno adicional de longo prazo até 2 pontos percentuais acima do esperado antes.

“O plano de reestruturação que está sendo implementado no ativo prevê cortes de custos, renegociação de contratos, maior disponibilidade e otimização da estrutura de capital”, afirmou em nota o CEO da Omega, Antonio Bastos Filho.

Expansão

Na frente de ampliação dos negócios, a Omega disse que está em negociações intermediárias para futura aquisição de dois projetos na Bahia (Assuruá 4 e 5) junto a sua coligada Omega Desenvolvimento, que atua na estruturação de empreendimentos.

“Ambos possuem contratos para aquisição de turbinas e obras… devem iniciar construção em 2021 e atingir plena operação comercial entre final de 2022 e início de 2023”, disse a empresa sobre os projetos, que somam 432 megawatts em capacidade.

A companhia também continua em negociações exclusivas com um desenvolvedor terceiro para aquisição de projetos eólicos em construção com cerca de 260 megawatts, acrescentou.

Guidance

A Omega Geração informou ainda que passará a divulgar projeções de desempenho trimestral e anual para seus principais indicadores operacionais.

A companhia projetou que sua geração de energia deve crescer de 54% a 69% em 2021, enquanto o lucro bruto de energia ajustado deve aumentar em de 50% a 70%, para de 1,45 bilhão a 1,65 bilhão, contra 969,7 milhões em 2020.

Veja o relatório de resultados da Omega.