Omega Geração está correta em continuar comprando parques eólicos, avalia Credit Suisse
A Omega Geração (OMGE3) está correta na sua escolha de aumentar o portfólio por meio de aquisições do segmento eólico, defende o Credit Suisse. A companhia anunciou neste domingo a compra de 50% dos parques eólicos da EDF Renewables na Bahia.
A operação por uma fatia nos complexos Ventos da Bahia 1 e 2 foi avaliada em R$ 661,7 milhões, sendo que 55% serão pagos em caixa, enquanto o restante envolve assunção do endividamento de longo prazo dos ativos.
Negociações para a aquisição de projetos adicionais também estão em andamento. A companhia avalia comprar um portfólio de projetos eólicos com 265 MW em capacidade. Além disso, a empresa parceira Omega Desenvolvimento está em negociações avançadas para implantar projetos eólicos de aproximadamente 200 MW de capacidade.
Para custear as novas transações, a Omega vai realizar uma oferta de inicialmente 17,3 milhões de ações ordinárias. Um lote adicional de até 6 milhões de papéis pode ser oferecido aos participantes.
“O follow-on anunciado deve ajudar a absorver essa nova aquisição (o potencial de 460 MW), com resultado final positivo para os acionistas”, diz Carolina Carneiro, autora do relatório divulgado pelo Credit Suisse aos clientes. A recomendação do banco sobre a ação é de outperform (desempenho esperado acima da média do mercado), com preço-alvo de R$ 39,60 para os próximos 12 meses.
Mais valor a ser desbloqueado
A XP Investimentos tem uma avaliação positiva da transação e estima uma taxa de retorno muito atrativa para os investidores (11,7% de TIR real).
“Em nossa opinião, a execução consistente de transações de M&A tanto dentro do Grupo Omega quanto com terceiros deve reforçar a confiança dos investidores na estratégia de crescimento da Omega daqui para frente, bem como concretizar a visão de que a empresa é uma consolidadora no segmento de energias renováveis”, afirma o analista de Energia e Petróleo & Gás da corretora, Gabriel Francisco.
A Omega permanece como top pick da XP no setor elétrico. A recomendação para o papel é, portanto, de compra, com preço-alvo de R$ 44.
Para o BTG Pactual (BPAC11), a oferta de ações e a geração de caixa da Omega são suficientes para financiar os projetos adicionais.
“Se as aquisições continuarem a ser feitas nos níveis de retorno atuais, vemos espaço para a companhia desbloquear ainda mais valor aos acionistas”, comentam os analistas Joao Pimentel e Fillipe Andrade.
O BTG tem recomendação neutra para a ação, com preço-alvo em 12 meses de R$ 40.