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Omega Energia (MEGA3): Itaú BBA retoma cobertura e aponta cenário agridoce para a companhia

30 set 2022, 13:17 - atualizado em 30 set 2022, 13:17
Parque de energia eólica
Itaú BBA retoma cobertura da Omega Energia (Imagem: REUTERS/Sergio Perez)

O Itaú BBA retomou a cobertura da Omega Energia (MEGA3), com classificação “market perform” (desempenho esperado em linha com a média do mercado) e um novo preço-alvo para 2023 de R$ 13.

O BBA destaca que a empresa está negociando com um TIR (Taxa Interna de Retorno) implícita de 9,1%, representando um prêmio para Auren (AURE3) e Engie (EGIE3), apesar do ADTV (volume médio diário negociado) muito menor.

A corretora aponta ainda fraco desempenho da Omega desde o anúncio da fusão entre Omega Geração e Omega Desenvolvimento, visto que as ações caíram 31% após muitos investidores ficarem insatisfeitos com os termos finais da fusão e deterioração substancial das perspectivas para o desenvolvimento de greenfields, limitando o potencial de criação de valor de desenvolvimento do pipeline de projetos.

Apesar disso, estimam boas TIRs e VPL (Valor Presente Líquido) para Assuruá 4 e 5, embora menos do que a expectativa para o pipeline em estágio avançado durante as discussões da incorporação.

As maiores mudanças de premissas destacadas pelo BBA foram:

  • maior capex;
  • piores condições de financiamento; e
  • pior perspectiva de preço de energia.

“Em nossa base, assumimos 12,9% da TIR implícita do Assuruá 4 (VPL de R$ 383 milhões) e 10% da TIR implícita do Assuruá 5 (VPL de R$ 184 milhões)”, diz o BBA.

Acordo com a Actis

No dia 27 de junho, a Omega assinou um acordo com a empresa de private equity Actis, que garante o financiamento para Assuruá 4 e 5 e para o desenvolvimento do projeto Goodnight I nos EUA em condições atrativas, segundo o BBA.

A Actis subscreverá R$ 850 milhões a R$ 16/ação até março de 2023. Com isso, o BBA estima TIRs atraentes para Goodnight I e uma criação de valor de R$ 702 milhões, incluída no preço-alvo.

“Esperamos que a alavancagem permaneça acima de 4x Ebtida até 2025, mas que caia rapidamente com o start-up dos projetos em construção”, diz.

A corretora aponta ainda que a Actis comprou ações no mercado, tendo alcançado uma participação de 20% na empresa e esperam que essa participação suba para 26,8% quando a capitalização for concluída.

Geração de energia eólica segue decepcionando

Para o Itaú BBA, a geração de energia eólica da Omega Energia continua a decepcionar, visto que, nos últimos anos, a geração eólica no Brasil ficou muito aquém das expectativas, com quase todos os parques eólicos gerando abaixo do nível p50.

As empresas argumentam que este é um período ruim em termos de geração, mas que a geração deve melhorar nos anos seguintes, mantendo sua pretensão de que em um período de 20 anos a geração eólica deve estar próxima do nível P50.

“Preferimos adotar uma abordagem mais conservadora e estamos assumindo um pequeno déficit de 4% vs. p50 em nosso cenário base para 2022 e 2023 e 2,5% em diante. Em seu guidance anual, a empresa projeta uma geração de 7.290 a 8.230 GWh, o que implica um déficit de 4%”, diz.

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