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OMC apoia tarifas de US$ 7,5 bilhões dos EUA contra UE por subsídios à Airbus

26 set 2019, 14:11 - atualizado em 26 set 2019, 14:11
Airbus Empresas Setor Aéreo
O alcance das tarifas depende de um tribunal de arbitragem, que deve anunciar valores e metodologia na próxima semana (Imagem: Facebook Oficial)

Os Estados Unidos receberam permissão para impor tarifas contra produtos europeus avaliados em cerca de 7,5 bilhões de dólares por causa de subsídios governamentais ilegais concedidos à fabricante europeia de aviões Airbus, afirmaram fontes com conhecimento do assunto.

A Organização Mundial do Comércio (OMC) determinou em casos anteriores que tanto Airbus quanto Boeing receberam bilhões de dólares em subsídios. Ambos os lados ameaçaram impor tarifas comerciais após a entidade considerar que nenhum dos lados cumpriu suas decisões.

Washington queria permissão para impor tarifas de até 100% sobre produtos europeus avaliados em 11,2 bilhões de dólares por ano. Os produtos incluem aviões e componentes aeroespaciais dos países onde a Airbus tem operações -Inglaterra, França, Alemanha e Espanha – bem como uma série de bens como vinho, queijo e itens de luxo produzidos na UE.

O alcance das tarifas depende de um tribunal de arbitragem, que deve anunciar valores e metodologia na próxima semana.

Nenhum representante dos governos ou das empresas comentou o assunto.

Washington criou uma lista de produtos avaliados em 25 bilhões de dólares a partir da qual poderá escolher quais itens serão alvo de tarifas se decidir pela imposição delas.

Uma fonte próxima do assunto disse que Washington deve seguir adiante com as tarifas, abrindo uma nova frente na guerra comercial promovida pelo governo Donald Trump.

A UE não poderá retaliar imediatamente a qualquer tarifa, como fez após a imposição de tarifas dos EUA sobre aço e alumínio em 2018.

O caso do bloco de países na OMC contra os subsídios concedidos pelos EUA à Boeing, no qual pede tarifas sobre 10 bilhões de dólares em produtos, não deve atingir o mesmo estágio na entidade nos próximos seis meses, o que significa que Washington poderá disparar o primeiro tiro na guerra comercial com os europeus.

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