Money Times Entrevista

OLX altera modelo de cobrança e mira triplicar volume de transações até o final de 2024

29 out 2024, 7:00 - atualizado em 29 out 2024, 11:30
Chief Product Officer (CPO) da OLX Brasil, Regina Botter.
Chief Product Officer (CPO) do grupo OLX, Regina Botter (Divulgação).

O Grupo OLX mudou seu modelo de cobrança para a plataforma de compra e venda de itens usados no país, transferindo a taxa de serviço do vendedor para o comprador.

Ao Money Times, a Chief Product Officer (CPO) do grupo, Regina Botter, disse que a alteração, feita no início do segundo semestre apenas na plataforma da OLX – e não nas outras empresas -, já demonstra resultados promissores, acompanhando uma tendência global observada em mercados europeus e asiáticos.

Com a mudança, os vendedores podem ofertar seus produtos sem taxas, enquanto o comprador, que já arca com o frete, passa a pagar pela conveniência e garantia do serviço.

De acordo com Botter, os primeiros resultados dos testes confirmaram uma adesão maior de vendedores à plataforma. “Para quem anuncia a gente partia de mais ou menos um anúncio ao ano, agora a gente já está em 1,5. E para quem compra esse número também aumentou”.

A expectativa, segundo ela, é encerrar o ano de 2024 com um volume de transações três vezes maior do que a companhia operava no fechamento de 2023, também por conta de outras melhorias na plataforma.

Itens procurados e golpes

A executiva disse que itens eletrônicos, especialmente celulares e acessórios, seguem em destaque entre os consumidores que buscam economizar até 70% em relação aos preços de produtos novos em meio aos juros elevados.

Dados internos indicam, segundo ela, que celulares representam 14% do valor total transacionado na plataforma, com marcas como iPhone sendo especialmente procuradas.

Além de eletrônicos, itens de decoração, móveis e eletrodomésticos demonstram forte potencial de venda, segundo Botter. Datas comemorativas, como Black Friday e Natal, também são momentos de alta movimentação, disse.

A executiva da OLX disse que a empresa segue investindo em tecnologias de monitoramento e parceiros de inteligência para identificar comportamentos suspeitos e proteger transações.

Ela diz que a empresa reforça a educação dos usuários sobre golpes e desconfiança em ofertas fora do padrão, além de monitorar o chat interno da plataforma. Segundo a executiva, essas medidas já contribuem para uma redução significativa nos índices de reporte de fraudes.

Concorrência 

Com um portfólio que inclui mais de 20 categorias, divididas em 120 subcategorias de produtos e serviços, a OLX aposta na abrangência como diferencial.

Botter enfatiza o papel da plataforma na economia circular e destaca o foco na transação entre pessoas físicas, diferencial, segundo ela, em relação a concorrentes como o Mercado Livre.

O Grupo OLX, afirma, não possui planos para um IPO. Com dois acionistas, Prosus e Adevinta, cada um com 50% da empresa, a operação no Brasil é considerada representativa, mas as informações financeiras permanecem restritas.

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Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
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Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
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