Política

Olavo de Carvalho: Governo acaba em seis meses e Mourão é um idiota

18 mar 2019, 11:42 - atualizado em 18 mar 2019, 11:52
Assim que assumiu interinamente a presidência, Mourão embarcou para São Paulo (Imagem: Valter Campanato/Agência Brasil)

Por Arena do Pavini

Olavo de Carvalho, ex-jornalista, filósofo e crítico ferrenho da esquerda, fez fortes críticas ao governo de seu admirador Jair Bolsonaro, afirmando que ele está hoje refém dos militares e, se continuar assim, a gestão não sobreviverá por mais de seis meses.

Em Washington, após participar de evento em sua homenagem promovida pelo filho do presidente, deputado Eduardo Bolsonaro, aproveitando a visita do presidente brasileiro ao país, Carvalho falou com jornalistas e disse que não está otimista com o Brasil. “Não, não, não, vou ser sincero, eu amo esse cara, o Bolsonaro, mas ele está rodeado de traidores”, afirmou, acrescentando que “Eu não confio em praticamente ninguém do governo , exceto nele”, disse, conforme reportagem do jornal “O Estado de S.Paulo”.

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Carvalho chamou o vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, de “um cara idiota”. “O presidente viaja e qual a primeira coisa que ele faz? Viaja a São Paulo para um encontro político com Doria (João Doria, governador eleito pelo PSDB)”. Segundo Carvalho, “esse cara não tem ideia do que é ser vice”, acrescentou.

Para Olavo de Carvalho Bolsonaro está cercado de traidores.  (Imagem: Alan Santos/PR)

Carvalho acrescentou que Bolsonaro estaria “de mãos amarradas”, e que a situação do governo vai mal. “Se tudo continuar como está, já está mal, não precisa mudar nada para ficar mal, é só continuar isso mais seis meses e acabou”.

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Governo dividido

As declarações do guru mostram a clara divisão de forças dentro do governo de Bolsonaro, entre o grupo mais radical, da direita conservadora e ideológica, e o dos militares, por incrível que parece mais moderado e pragmático. O desgaste provocado pelos ataques internos é mais um fator de enfraquecimento do governo no momento em que ele mais precisa de força para negociar a reforma da Previdência com o Congresso.

Bando de milico cagão

Os problemas, explica o filósofo, são a mídia, que tenta dar um “golpe de estado” e publica mentiras contra o presidente, e os conselheiros do presidente, que o impedem de levar as questões para a Justiça. “Ele não reage porque aquele banco de milico que o cerca é tudo um bando de cagão, que tem medo da mídia”, afirmou. “Por que eles têm medo da mídia? Porque quando terminou a ditadura militar, eles viram que estavam todos queimados com a mídia, foram para casa e decidiram agora fazer o papel de bonzinho”, raciocinou.

Segundo ele, o general Mourão demonstra uma mentalidade “golpista” ao afirmar que “nós voltamos ao poder pelas vias democráticas”. “Como voltamos ao poder? Quem está no poder é o Bolsonaro, não vocês. Agora eles acham que estão no poder. O que é isso? Golpe. É uma mentalidade golpista”, afirmou, conforme o jornal Folha de S.Paulo.

Coisa de jornalista drogado

Carvalho criticou ainda mais a imprensa, afirmando que os jornalistas são uma elite intelectual e que os formadores de opinião estrangeiros precisam buscar outras formas de ter informação do país. Segundo ele, as posições racistas e preconceituosas que estariam sendo criticadas pela mídia seriam “um mito criado pelos jornalistas”. Segundo ele, “os jornalistas brasileiros são, a maioria, viciados em drogas”. “Não estou exagerando”, reforçou.

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