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Oi: Terceiro trimestre deve ser o melhor do ano, diz BTG; veja o que esperar das teles

20 out 2021, 10:37 - atualizado em 20 out 2021, 10:39
Oi OIBR3
Segundo o BTG, a tele deve apresentar uma receita de R$ 4,424 bilhões, o que representaria uma alta de 2,1% . (Imagem: Money Times/ Gustavo Kahil)

A Oi (OIBR3) deve apresentar o balanço do terceiro trimestre como o melhor deste ano, até agora, mas com números ainda fracos disse o BTG Pactual. A empresa está em recuperação judicial e tem vendido ativos em busca de redução do endividamento.

Segundo o BTG, a tele deve apresentar uma receita de R$ 4,424 bilhões, o que representaria uma alta de 2,1% em relação ao segundo trimestre, mas uma queda de 4,8% sobre o resultado do mesmo período do ano passado.

“Mais uma vez, o principal entrave às receitas serão as operações descontinuadas (-7,0% na comparação anual), embora esperemos uma leve recuperação do último trimestre (+ 3,8% sobre o trimestre anterior), principalmente devido a um melhor desempenho do segmento mobile”, disseram os analistas.

O banco espera uma queda de 9,3% na base anual das receitas em B2B, enquanto a parte residencial deve ser o destaque positivo, com uma alta de 2,1% da receita na comparação anual. “Estimamos que as receitas de fibra continuarão a crescer fortemente para R$ 746 milhões, alta de 95%”.

Para o BTG, a margem Ebitda da Oi deve apresentar recuperação em relação ao segundo trimestre, a 30%. “Após a recente queda no faturamento, a Oi teve dificuldades para cortar despesas na mesma medida, fazendo com que as margens despencassem”, comenta o banco.

Os analistas falam em um controle mais forte sobre os custos, resultando em Ebitda de R$ 1,3 bilhão, e estimam uma posição de caixa a R$ 4,1 bilhões, contra R$ 3,4 bilhões do trimestre anterior. No período, a Oi emitiu dois títulos de dívida e quitou o empréstimo contratado no final de 2019.

TIM

O BTG fala em receita de serviços da TIM em alta de 4,1% na comparação anual, com o serviço móvel subindo 4,0%, puxado pelo segmento pós-pago. No entanto, o segmento pré-pago pode ser mais fraco, por causa do contexto macroeconômico.

“Do lado da receita de telefonia fixa, esperamos que o crescimento desacelere em relação aos trimestres anteriores”, disse o banco. “Como o negócio da FiberCo (com a IHS) deve ser fechado no final deste mês, vemos o crescimento acelerando no próximo ano”.

O Ebitda da TIM deve chegar a R$ 2,2 bilhões no terceiro trimestre, em alta de 4,0% na base anual, com margem Ebitda forte, a 47,7%. A receita seria de R$ 4,520 bilhões, avanço anual de 3,0% e alta de 2,6% na base trimestral.

A empresa deve apresentar uma alta de 18,4% do lucro, a R$ 681 milhões, segundo os analistas do banco.

O BTG diz que a TIM é negociada a 3,6x o múltiplo EV/Ebitda para 2022, o que representaria um “grande desconto” sobre os pares globais. A recomendação é de compra para os papéis.

Vivo

O BTG destaca sobre a Vivo a receita com serviços, que deve subir 1,9% na base anual, enquanto a linha do balanço para linhas fixas deve cair 2.0%.

“As operações FTTH (fibra ótica) são novamente o destaque, com a receita atingindo R$ 1,2 bilhão no trimestre, alta anual de 43% e avanço de 12% sobre o trimestre anterior”, disse o banco.

No entanto, negócios de voz, TV por assinatura e banda larga baseada em cobre devem cair 26% na comparação com o mesmo período do ano passado. Já receita de serviço móvel deve subir 4,0% na mesma base de comparação.

Segundo o BTG, a Vivo deve registrar um Ebitda de R$ 4,4 bilhões, com margem de 40,3%. A receita teria uma alta de 1,1% em relação ao terceiro trimestre do ano passado e um avanço de 2,4% sobre o segundo trimestre deste ano, a R$ 10,905 bilhões.

O lucro da tele chegaria a R$ 1,229 bilhão, estável na base anual. O BTG diz que a Vivo é também negociada a um múltiplo “atrativo”, a 4.3x 2022E EV/Ebitda.

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