Oi tem potencial, mas investidor deve priorizar Vivo e Tim, diz Genial
O setor de telecomunicação passará por mudanças significativas nos próximos anos. A promessa é que com a nova tecnologia 5G, ocorra uma revolução no modo como as pessoas utilizam a internet.
Por isso, ter alguma empresa do setor na carteira parece um bom negócio, mas nem todas.
Segundo a Genial Investimentos em relatório enviado a clientes e obtido pelo Money Times, Tim (TIMP3) e Vivo (VIVT3) são as favoritas para capturar esse movimento.
“As teles estão bem posicionadas diante dessas novas inovações de mercado e já são empresas em um nível de maturidade mais alto, que conseguem proporcionar ainda um bom pagamento de dividendos”, aponta.
Por outro lado, a corretora mantém certo ceticismo em relação aos papéis da Oi (OIBR3;OIBR4).
“Acreditamos que as outras opções também possuem um potencial de gerar um alto retorno para o investidor, sem correrem tanto risco. Não é que não exista upside em Oi, mas ponderando risco e retorno, preferimos recomendar compra em Vivo e Tim”, argumenta.
Veja a recomendação da Genial para as três operadoras:
Empresa | Ticker | Recomendação | Preço-alvo | Potencial de valorização* |
---|---|---|---|---|
Tim | TIMP3 | Compra | R$ 19,50 | 55% |
Vivo | VIVT3 | Compra | R$ 60 | 34% |
Oi | OIBR3 | Manter | R$ 1,7 | 9,60% |
*em relação ao fechamento do dia 21 de junho
Oi é uma aventura
Em recuperação judicial desde 2016, as ações da Oi viraram uma montanha russa nos últimos anos. Entre notícias boas e ruins, a tele passará por uma reestruturação, que, de certa forma, é bem vista pelo mercado.
A empresa deixará de ser como era antes, virando uma companhia com 2 pilares centrais: participará como sócia de uma nova empresa de infraestrutura neutra de fibra ótica – InfraCo – e focará na marca Oi para o consumidor, vendendo produtos e serviços de fibra para seus clientes.
“Gostamos bastante do plano estratégico apresentado pela companhia. Direcionar o foco para fibra ótica, que é uma tendência para o setor, é uma boa decisão. Entretanto, os riscos de execução do negócio e de consolidação (ainda mais pela concorrência pesada com as outras empresas do setor) ainda não foram mitigados e não alto”, apontam.
A Genial cita ainda o fato de parte de sua dívida ser em moeda estrangeira, e portanto, sujeitas às oscilações das moedas no mercado internacional.
“Há o risco de “implementação”. O que sabemos é sobre a nova estrutura proposta pela Oi, de manter participação na futura InfraCo, mas não houve comprovação prática que os resultados virão de acordo com o esperado pela companhia”, completa.
Na noite da última segunda-feira, dando prosseguimento à sua recuperação, a Oi informou que irá emitir R$ 2 bilhões em debêntures para financiar as atividades operacionais.