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Oi fecha em queda de 10% com Standard & Poor’s reduzindo perspectiva para negativo

13 set 2019, 17:34 - atualizado em 13 set 2019, 17:34
OI
Ações da Oi operam em forte queda nesta sexta-feira (Imagem: Bloomberg)

Por Investing.com

As ações da Oi fecharam em queda nesta sexta-feira (13) após a empresa informar ao mercado que a Standard & Poor’s reviu o rating de crédito, mantendo rating de longo prazo na escala global em B, mas reduzindo o outlook de Stable para Negative, assim como, reduzindo na escala nacional de brA para brA-.

Os papéis ordinários (OIBR3) despencaram 10,26%, negociados a R$ 1,05. Já os preferenciais (OIBR4) caíram 6,75%, vendidos a R$ 1,52.

A revisão da S&P, e a reação negativa do mercado vem depois de, na noite de quarta-feira, o Senado Federal aprovar o PLC 79, projeto de lei que reforma o marco legal do setor de telecomunicações no país.

A indústria de telecomunicações defende há anos mudanças nas regras do setor permitidas pelo texto, como a possibilidade de incorporação de ativos da União pelas operadoras mediante compromissos de investimento em infraestrutura e a criação de um mercado secundário de frequências de telefonia móvel.

O projeto aprovado também permite a migração das atuais concessões para o regime de autorização, em troca de investimentos das empresas na expansão da banda larga, segundo a agência.

A aprovação do projeto no plenário ocorreu no mesmo dia em que a matéria passou pela Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT) da Casa. Segundo a Agência Senado, a aprovação foi fruto de um acordo firmado depois que o líder do governo, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), antecipou a elaboração de políticas públicas para orientar a aplicação dos recursos com prioridade nas regiões Norte e Nordeste.

O Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil) comemorou a aprovação da medida e disse que aguarda a sanção do presidente Jair Bolsonaro.

Saída para crise

Em processo de recuperação judicial, e com sério problema de caixa, a Oi (OIBR4) era uma das principais interessadas na aprovação do PLC 79, já que tem boa parte de suas obrigações relacionadas à telefonia fixa. Com a mudança na lei, a tele passaria a ser muito mais atrativa para potenciais interessados em um fusão e aquisição.

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