Oi queima quase R$ 1 bilhão do caixa no 3º trimestre
A geração de caixa operacional da Oi (OIBR3; OIBR4) com clientes continua a encolher enquanto a tele busca uma saída para sobreviver.
De acordo com um relatório da sua recuperação judicial com números atualizados até agosto, divulgado nesta quinta-feira (14), a receita com clientes caiu 12,7% na comparação anual.
O valor passou de R$ 1,731 bilhão para R$ 1,511 bilhão. A administração da operadora informou que o declínio tem a ver com uma menor arrecadação da área de pós-pago.
Em relação a julho de 2019, a menor arrecadação também teve a contribuição do menor número de dias (de 23 para 22).
Geração negativa
Os recebimentos totais da Oi no mês ficaram em R$ 1,991 bilhão, queda de R$ 378 milhões em comparação com o mês anterior.
Com pagamentos no valor de R$ 1,577 bilhão e investimentos de R$ 656 milhões, a Oi terminou agosto com uma geração de caixa negativa de R$ 242 milhões.
Com isso, o caixa final da Oi estava em R$ 3,083 bilhões no final de agosto.
Quase R$ 1 bi a menos
Considerando que a tele antecipou os dados sobre a posição de caixa ao final de setembro, de R$ 3,192 bilhões, a geração de caixa ficou positiva em R$ 109 milhões.
Ao final de junho, a Oi possuía R$ 4,145 bilhões em caixa. A diferença do trimestre, portanto, ficou negativo em R$ 953 milhões.
A empresa adiou a publicação total dos resultados, prevista para o último dia 13, para 2 de dezembro.
Venda
Segundo o vice-presidente de operações da rival Vivo (VIVT4), Angel Villa, a Oi já iniciou o processo para uma potencial venda de sua operação de telefonia móvel. Ele destacou, em um evento realizado na Espanha na quarta-feira (13), que a empresa irá avaliar os ativos.