Oi pode tomar até R$ 12 bilhões de crédito se aprovar plano
A Oi (OIBR3; OIBR4) pode tomar até R$ 12 bilhões em dinheiro novo de acordo com o novo aditivo ao plano de recuperação judicial da empresa divulgado ontem, explicou o presidente Rodrigo Abreu, em entrevista.
Segundo ele, a empresa negociou com todos os tipos de credores para melhorar as chances de aprovação do aditivo na assembleia marcada para 8 de setembro e ao mesmo tempo manter a Oi “viável no médio e longo prazo”.
De acordo com Abreu, bancos, agências governamentais e agências de crédito à exportação detentores de cerca de R$ 20 bilhões em dívidas sem garantia podem agora emprestar até R$ 3 bilhões em dinheiro novo e, com isso, receberiam até R$ 1,5 bilhão em pagamento antecipado a um preço de 100% do valor de face da dívida antiga e até R$ 7,5 bilhões da dívida antiga seriam mantidos nos mesmos termos de hoje, também sem haircut.
Na proposta anterior do aditivo, toda essa dívida teria pagamentos a partir de 2022 com haircut de 60%.
Segundo o plano, esses credores podem ver o haircut de sua dívida reduzido de 60% para 55% se derem linhas de fiança à Oi na proporção de dois para um, explicou.
O novo aditivo estipula ainda que a empresa pode tomar empréstimo de R$ 5 bilhões como antecipação do dinheiro a ser recebido com a venda de sua unidade de ativo móvel por pelo menos R$ 15 bilhões e de R$ 2 bilhões como antecipação do dinheiro a ser recebido com a venda de até 51% do capital total de sua unidade InfraCo com valor total da empresa de pelo menos R$ 20 bilhões.
O plano aditivo elaborado anteriormente já previa financiamento para Capex de R$ 2 bilhões e esta linha foi mantida, afirmou ele.
Veja o documento: