Comprar ou vender?

Oi pode levantar R$ 16 bi com operação móvel e ação disparar 70%, mas isso é difícil

03 out 2019, 9:51 - atualizado em 03 out 2019, 10:01
Oi
Banco lista recomendação underperform para as ações da operadora (Imagem: Reuters/Paulo Whitaker)

O Credit Suisse avaliou com certo ceticismo a entrevista do COO (Chief Operating Officer) da Oi (OIBR3) Rodrigo Abreu a imprensa na última quarta-feira (2).

“No geral, avaliamos as novidades listadas por Abreu como negativas para as ações”, listam os analistas Daniel Federle, Felipe Cheng e Juan Pablo Alba.

A recomendação atual para as ações é underperform (desempenho abaixo da média do mercado), com preço-alvo de R$ 0,70 – expectativa de desvalorização de 23% conforme o último fechamento.

Sem venda no curto prazo

Na avaliação do banco, o principal vetor de valorização das ações da Oi continua ser a venda da operação móvel, “como refletido no preço-alvo de R$ 1,55 em caso de concretização do desinvestimento”, assumindo o valor aproximado de R$ 16 bilhões no processo. A ação pode disparar 70% caso o cenário se confirme.

Por outro lado, o Credit Suisse acredita que a sinalização do COO é de não realização desta venda no curto prazo, sem materialidade das negociações. “[…] a companhia parece não estar proativamente procurando essa opção”, ponderam os analistas.

“Diante da tendência operacional fraca da Oi, queima de caixa significativo e valuation caro, mantemos nossa visão negativa para a ação, a medida que uma operação de M&A parece não ser realizável no curto prazo”, completa o banco.

Aumento de capital

Os analistas destacam positivamente a expectativa de melhora na estrutura financeira com o possível aumento de capital via emissão de dívidas no volume de R$ 4,5 bilhões e venda da Unitel no quarto trimestre, pelo valor aproximado de US$ 1 bilhão.

Por último, o Credit Suisse ressalta o comprometimento da companhia na aceleração do capex (plano de investimetos) de R$ 7,5 bilhões em 2019 e de R$ 7 bilhões nos anos subsequentes e a possível participação da companhia nos leilões do 5G, condicionada a venda de ativos para aumento do caixa.

Graduado em Ciências Econômicas pela USP, tendo cursado mestrado em Ciências Humanas e em Economia na UFABC, Valter Outeiro acumulou anos de vivência no mercado financeiro através de passagens nas áreas de estratégia de investimentos dentro de private banks, em multinacionais produtoras de índices de ações e em redações de jornalismo econômico.
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Graduado em Ciências Econômicas pela USP, tendo cursado mestrado em Ciências Humanas e em Economia na UFABC, Valter Outeiro acumulou anos de vivência no mercado financeiro através de passagens nas áreas de estratégia de investimentos dentro de private banks, em multinacionais produtoras de índices de ações e em redações de jornalismo econômico.
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