Oi (OIBR3) volta a cair após juiz adiar conclusão da recuperação judicial
As ações da Oi (OIBR3) voltam a cair nesta quarta-feira (30), após o juiz responsável pela recuperação judicial da companhia, Fernando Viana, da 7.ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, adiar a conclusão da recuperação judicial da tele.
Por volta das 12h, os papéis ordinários da companhia recuavam 2,33%, negociados a R$ 0,88, acumulando uma baixa de mais de 50% nos últimos 12 meses – neste ano, os papéis têm valorização de 12% no acumulado.
O magistrado responsável pela recuperação judicial da Oi soltou um despacho na segunda (28), com os comandos preparatórios para o encerramento do processo.
As determinações não explicitam a prorrogação de prazo em si, mas estabelecem pré-requisitos que implicam na necessidade de esticar o processo.
Viana determinou ao administrador judicial – o escritório Wald Advogados – uma atualização do quadro geral de credores, o que deverá ser juntado ao processo dentro de um prazo de 60 dias.
O próprio juiz explicou que o encerramento da recuperação judicial não está condicionado à consolidação do quadro geral de credores, mas, ao seu ver, essa é uma medida “imperiosa” para deixar tudo às claras.
Oi (OIBR3): atraso da saída da RJ já era previsto
Apesar de os papéis da companhia caírem nesta quarta – seguindo a grande volatilidade comum desde que a Oi entrou em recuperação judicial -, o atraso do processo já era previsto por parte do mercado.
O BTG Pactual, por exemplo, avaliou neste mês que finalização do processo poderia atrasar um pouco, caso a empresa não concluísse a venda de ativos.
Isso porque a operação precisa ocorrer dentro do processo de recuperação da companhia, dando segurança aos compradores de que os bens transferidos são isentos de responsabilidades quanto ao processo judicial.
Com a venda da Oi Móvel para Vivo, TIM e Claro aprovada pelo Cade em 9 de fevereiro, a Oi pode iniciar o processo de separação de ativos – que deve levar de seis a oito semanas.
O BTG diz esperar que o fechamento do negócio ocorra até a primeira quinzena de abril (com a possibilidade de acontecer já em março).
*Com informações de Estadão Conteúdo