BusinessTimes

Oi (OIBR3): Vale a pena embarcar na euforia e comprar as ações?

15 dez 2022, 14:20 - atualizado em 15 dez 2022, 14:28
Oi
BTG segue recomendação “neutra” para OIBR3, com preço-alvo de R$ 0,25. (Imagem: Facebook/Oi)

O término da recuperação judicial da Oi (OIBR3) ainda não representa uma oportunidade de compra da ação, disseram analistas, que, no entanto, reconheceram o movimento como positivo.

Por volta das 14h desta quinta-feira (15), primeiro pregão após o anúncio de saída da recuperação, os papéis ordinários saltavam 47%, a R$ 0,25, enquanto os preferenciais avançavam expressivos 84%, a R$ 0,81. 

A Genial Investimentos disse que segue enxergando a Oi como uma companhia “debilitada financeiramente”. “Mesmo com a redução significativa da dívida bruta, a Oi ainda deve ter prejuízos pelo resultado financeiro negativo”, disse.

Para a corretora, a Oi tem apenas um ativo promissor e capaz de gerar caixa: a participação minoritária na empresa de fibra ótica V.tal.

O BTG Pactual avaliou que o término da recuperação judicial da pode atrair alguns investidores que não vinham considerando a ação por conta de restrições relacionadas ao processo.

No entanto, o banco segue recomendação “neutra” para OIBR3, com preço-alvo de R$ 0,25.

“Sair da recuperação judicial é um marco importante para a Oi, mas não necessariamente bom para as operações da empresa e seu fluxo de caixa”, destacou o BTG em relatório assinado por Carlos Sequeira e equipe.

Os analistas lembram que a Oi não estará mais protegida contra a necessidade de fazer depósitos judiciais para processos em andamento e outras demandas que possam surgir de credores.

“Dito isso, as garantias dessas ações não precisam necessariamente ser depositadas em dinheiro, pois a empresa pode colocar alguns de seus imóveis como garantia processual para não prejudicar seu fluxo de caixa”.

O BTG estima uma saída de caixa de R$ 1,7 bilhão em três anos para pagar os depósitos judiciais. “Talvez mais preocupante, os títulos de 2025 da empresa, no valor de US$ 1,6 bilhão, terão que ser refinanciados em condições desafiadoras”.

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.