Empresas

Oi (OIBR3): TCU aprova acordo que traz R$ 5,9 bi em investimentos ao setor

03 jul 2024, 20:18 - atualizado em 03 jul 2024, 20:19
Oi, OIBR3, Empresas, Mercados
Telefonia fixa ainda é considerada essencial em alguns aspectos. (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou nesta quarta-feira (8) a proposta de solução consensual para resolução de controvérsias em contratos de concessão de Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC).

O acordo entre a Oi (OIBR3) a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e o Ministério das Comunicações garante R$ 5,9 bilhões de investimentos para o setor e reduz o impacto de eventual perda da União na maior arbitragem do país contra a administração pública, de acordo com o tribunal.

A Oi é a maior concessionária do STFC, responsável pela prestação de telefonia fixa local e de longa distância em todos os estados brasileiros, exceto São Paulo. Os contratos envolvidos na solução consensual incluem a cobertura de regiões sem outras alternativas de comunicação.

Telefonia fixa

Apesar de ser cada dia menos usada, a telefonia fixa ainda é considerada essencial em alguns aspectos, como manter serviços de emergência e utilidade pública, além de funcionar como pontos de interconexão.

Os contratos de concessão celebrados em 1998, como é o caso, vencem no final de 2025. No entanto, diante do cenário de desuso progressivo do STFC, e da mudança do cenário competitivo, a Lei 13.879/2019 alterou a LGT para prever a possibilidade de adaptação dos contratos de concessão do STFC para autorizações.

O acordo ainda dependerá da anuência ou aprovação da Advocacia-Geral da União (AGU). O relator do processo é o ministro Jorge Oliveira.

O ministro-relator disse que o desligamento imediato do STFC poderia deixar mais de três milhões de pessoas que moram em localidades isoladas sem acesso adequados a meios de comunicação.

Além disso, segundo ele, poderia haver perda de conexão dos serviços públicos de emergência, como polícia e bombeiros, e falhas no funcionamento dos prestadores de serviço de comunicação e dados que utilizem o hub da concessionária como ponto de interconexão à rede.

“A desativação do STFC precisa ser feita de forma ordenada, uma vez que sua rede ainda serve de suporte para serviços essenciais”, esclarece Oliveira. No entanto, o ministro ressaltou que o acordo, além de considerar as consequências, só foi possível porque também satisfaz as três condicionantes estabelecidas na lei para adaptação contratual.

A Oi enfrenta problemas financeiros desde 2016 e atualmente está em sua segunda recuperação judicial. Em abril deste ano, a companhia conseguiu aprovar um plano de recuperação junto a credores, buscando reestruturar as dívidas e captar mais de R$ 3 bilhões em financiamentos. O plano foi homologado no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) em maio.

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
Linkedin
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
Linkedin
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.