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Oi (OIBR3) se aproxima do fim da recuperação judicial, e ação sobe 22%; quais são os próximos passos?

22 nov 2022, 19:56 - atualizado em 22 nov 2022, 19:56
Oi OIBR3 OIBR4
(Imagem: REUTERS/Sergio Moraes)

O turnaround da Oi (OIBR3;OIBR4) é tido como um dos maiores casos de recuperação judicial do Brasil. O processo, que se arrasta desde 2016, passou por inúmeras reviravoltas, uma delas há algumas semanas, com o pedido na justiça da Vivo (VIVT3), Claro e Tim (TIMS3) para congelar R$ 3,18 bilhões na venda de ativos.

Porém, nesta semana, a empresa obteve importante vitória, com o Ministério Público reiterando o pedido para que a recuperação judicial da empresa seja encerrada.

O MP avaliou que foram cumpridas as obrigações nos dois primeiros anos do plano de recuperação, na contramão da manifestação dos credores Caixa, Banco do Brasil (BBAS3) e Itaú (ITUB4).

Isso bastou para que ação disparasse 22% no acumulado da semana.

“Começamos a ver um momento um pouco mais positivo nesse fim de ano”, coloca Guilherme Ishigami, broker da mesa de renda variável da RJ Investimentos, citando a decisão do MP.

Ele lembra ainda que, por ser uma ação de centavos, qualquer variação provoca alta ou queda significativa para o papel. “Cada um centavo de variação equivale a 5%”, calcula.

Para sanar essa distorção, a empresa aprovou um programa de reagrupamento de ações que foi, inclusive, considerado agressivo por analistas.

O que falta à Oi?

Ishigami vê como um movimento próximo a saída da empresa da recuperação judicial.

“A companhia só precisa pagar os bancos depois de 2024 e se houver o caixa suficiente para quitar as dívidas. Estamos vendo a empresa na reta final da recuperação judicial”, argumenta.

Já Virgilio Lage, especialista da Valor Investimentos, observa que a empresa precisa resolver a pendência com Tim, Vivo e Claro. Até o momento, a justiça deu causa para o trio de operadoras.

“Ela, gerando caixa positivo à fibra ótica e conseguindo market share acima de 30% no mercado, consegue ter um alívio no caixa e sair da recuperação judicial”, argumenta.

O que significa sair da recuperação judicial?

A saída da recuperação judicial é aguardada desde o início do ano. Segundo analistas ouvidos pelo Money Times na época, o fim do processo da Oi colocaria a tele em outro patamar.

“O fato de a Oi ainda estar em recuperação judicial tem grande impacto na base de acionistas e impede que muitos fundos institucionais invistam na empresa, tanto nacionais como estrangeiros”, colocou a analista Cristiane Fensterseifer.

Everton Medeiros, especialista em renda variável, coloca que o fim da recuperação judicial “com certeza” trará investidores institucionais. “Se torna uma empresa menos volátil e aumenta a previsibilidade”, completa.

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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