Oi (OIBR3): Recuperação judicial está ‘na cara do gol’?
A Oi (OIBR3) vendeu, por R$ 1,7 bilhão, a sua subsidiária SPE Torres 2 à Highline do Brasil.
Segundo a tele, até R$ 1,08 bilhão serão pagos na data de fechamento da operação.
O restante, de R$ 609 milhões, no máximo, serão quitados até 2026, a depender da quantidade futura de itens de infraestrutura a serem utilizados após 2025 e de outras condições contratuais, disse a Oi.
De acordo com a Guide, a entrada do valor da venda no caixa da companhia será relevante para o seu plano de recuperação judicial.
O processo se arrasta desde 2016 e passou por inúmeras reviravoltas, como o pedido na justiça da Vivo (VIVT3), Claro e Tim (TIMS3) para congelar R$ 3,18 bilhões na venda de ativos.
Porém, a companhia vem enfileirando boas notícias para sair dessa situação. Em novembro, o Ministério Público reiterou pedido para que a recuperação judicial da empresa seja encerrada.
O MP avaliou que foram cumpridas as obrigações nos dois primeiros anos do plano de recuperação, na contramão da manifestação dos credores Caixa, Banco do Brasil (BBAS3) e Itaú (ITUB4).
“Começamos a ver um momento um pouco mais positivo nesse fim de ano”, coloca Guilherme Ishigami, broker da mesa de renda variável da RJ Investimentos, citando a decisão do MP.
O que falta à Oi?
Ishigami vê como um movimento próximo a saída da empresa da recuperação judicial.
“A companhia só precisa pagar os bancos depois de 2024 e se houver o caixa suficiente para quitar as dívidas. Estamos vendo a empresa na reta final da recuperação judicial”, argumenta.
Já Virgilio Lage, especialista da Valor Investimentos, observa que a empresa precisa resolver a pendência com Tim, Vivo e Claro. Até o momento, a justiça deu causa para o trio de operadoras.