Oi (OIBR3): Por que ação agora dispara 12%
As ações ordinárias da Oi (OIBR3) chegaram a disparar 12% nesta sexta-feira (18), após a notícia de que o Ministério Público (MP) reiterou o pedido para que a recuperação judicial da empresa seja encerrada.
O MP avaliou que foram cumpridas as obrigações nos dois primeiros anos do plano de recuperação, na contramão da manifestação dos credores Caixa, Banco do Brasil e Itaú.
O grupo havia pedido prorrogação do processo e bloqueio de recursos da operadora para garantir o pagamento futuro de dívidas.
A disparada das ações ordinárias da Oi hoje, no entanto, segue a volatilidade típica do período em que a empresa está em recuperação judicial. Já perto do final do pregão, por volta das 17h, OIBR3 subia 6%, em uma desaceleração da alta do dia, a R$ 0,17.
No mês passado, o BTG chegou a reduzir ainda mais o preço-alvo para as ações da companhia, de R$ 0,40 para R$ 0,25, após o balanço do terceiro trimestre. A recomendação seguiu “neutra”.
Oi segue registrando prejuízo
O balanço do terceiro trimestre revelou que a Oi segue com prejuízos, a R$ 3,06 bilhões – embora represente uma melhora em relação ao prejuízo de R$ 4,81 bilhões do mesmo período do ano passado.
O consumo de caixa acima do esperado e capex de curto prazo potencialmente maior em comparação com estimativas anteriores foram os destaques negativos do balanço, segundo analistas do BTG Pactual.
A Oi atingiu dívida líquida de R$ 18,3 bilhões no terceiro trimestre, R$ 2,2 bilhões a mais que no segundo trimestre, devido ao consumo de caixa de R$ 1,4 bilhão, depreciação cambial em R$ 430 milhões e ajustes de valor justo em R$ 265 milhões.
Em relação ao consumo de caixa, as duas principais linhas foram operações financeiras em R$ 512 milhões, principalmente devido ao pagamento de juros semestrais de títulos (pagos em agosto) e capex de R$ 635 milhões.
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