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Oi (OIBR3) perde R$ 0,24 por ação se tiver que devolver R$ 1,4 bi; “notícia muito ruim”, diz BTG

20 set 2022, 13:03 - atualizado em 21 set 2022, 17:32
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Se não houver acordo, haverá o parecer de mais um auditor independente e, por fim, caso a situação persista, será necessária uma arbitragem (Imagem: REUTERS/Ricardo Moraes)

O BTG Pactual classificou a notícia de que a Claro, TIM Brasil (TIMS3) e Vivo (VIVT3) pediram a devolução de R$ 1,73 bilhão, valor que corresponde a diferença entre o ajuste pós-fechamento e o valor retido pelas compradoras na operação de venda da unidade móvel da companhia, para a Oi (OIBR3) como “muito ruim”.

As três empresas de telecomunicações retiveram 9% do valor a ser pago à Oi (R$ 1,4 bilhão) justamente como uma proteção para eventuais ajustes.

Então, agora eles estão dizendo que não vão pagar os R$ 1,4 bilhão restante e querem ser ressarcidos por mais R$ 1,8 bilhão.

Desses R$ 3,2 bilhões combinados, TIM, Vivo e Claro teriam direito a R$ 1,4 bilhão, R$ 1,1 bilhão e R$ 0,7 bilhão, respectivamente.

Em relatório enviado a clientes na última segunda-feira (19), os analistas Carlos Sequeira, Osni Carfi e Vitor Melo destacam que a Oi não receberá de imediato o valor, retido pelas três teles, e seu caixa de curto prazo ficará sob pressão enquanto o valor final a ser reajustado estiver em discussão.

Se não houver acordo, haverá o parecer de mais um auditor independente e, por fim, caso a situação persista, será necessária uma arbitragem.

“E mesmo que o ajuste final seja “apenas” os 9% retidos pelas teles (R$ 1,4 bilhão), isso ainda equivaleria a um impacto negativo de R$ 0,24 por ação”, calcula.

Na última sessão, as ações da tele desabaram 11%. Já neste pregão, o papel da Oi caia 2,13%, a R$ 0,46, por volta das 12h33.

Ainda segundo o BTG, o modelo da Oi está sendo revisado e novas estimativas devem ser publicadas nas próximas semanas.

Na visão da Genial, um parecer negativo é algo bastante prejudicial para a Oi, que busca se desalavancar e garantir o máximo de caixa no curto prazo para custear suas dívidas.

A Oi informa que adotará “todas as medidas cabíveis”, entre as quais o exercício de seu direito de apresentar às compradoras notificação de discordância a respeito do ajuste pós-fechamento, dentro do prazo de 30 dias úteis, detalhando as razões de sua discordância com relação aos itens, valores e cálculos.

Nos 30 dias subsequentes ao recebimento da notificação, diz a Oi, as partes poderão buscar solucionar de boa-fé quaisquer divergências que possam ter em relação ao ajuste pós-fechamento.

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