Oi (OIBR3): Os excessos da nova recuperação judicial da tele

O BTG Pactual classificou a avaliação que a Oi (OIBR3) fez dos ativos que pretende vender na nova recuperação judicial como “excessiva” – ou seja, para o banco, a empresa estaria estimando um valor maior do que aquele que pode arrecadar.

Na seção de avaliação econômica, produzida pela consultoria Ernst & Young, a Oi projeta a venda da participação ajustada de 14,6% na V.tal por R$ 14,4 bilhões. “Isso implica uma avaliação de cerca de R$ 100 bilhões para a unidade, que consideramos excessiva”, disse o banco em relatório assinado por Carlos Sequeira e equipe.

Outro ativo que a Oi espera vender em 2025 é o UPI ClientCo, que inclui clientes FTTH. “A empresa pretende captar R$ 4,8 bilhões com a venda de 40% de participação, o que implica uma avaliação de R$ 12 bilhões para o ativo, também exagerada, a nosso ver”, afirmou o BTG.

A instituição segue com recomendação neutra para OIRBR3, a um preço-alvo de R$ 2,50 em 12 meses.

Trimestre da Oi

A Oi encerrou o quarto trimestre com uma dívida líquida de R$ 19,1 bilhões, aumento de R$ 746 milhões no trimestre devido ao consumo de caixa e ajustes de valor justo da dívida, compensados pela valorização do real frente ao dólar no período.

Em relação ao consumo de caixa, as principais linhas foram capex (R$ 533 milhões) e capital de giro (R$ 372 milhões). Oi encerrou o trimestre com R$ 3,2 bilhões em caixa.

As ações da tele caíam nesta terça-feira, depois de mais um balanço decepcionante mostrar um prejuízo de R$ 3,41 bilhões no quarto trimestre do ano passado.

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