Oi (OIBR3; OIBR4): Anatel volta a analisar venda da unidade móvel; veja como acompanhar
O processo de venda da unidade móvel da Oi (OIBR3; OIBR4) volta à pauta do conselho da Anatel nesta segunda-feira (31).
A análise começou na sexta (28), com o conselho diretor conferindo o pedido de anuência prévia da venda da Oi Móvel, mas a aprovação foi suspensa por um pedido de vistas do conselheiro Vicente Aquino.
O relator Emmanoel Campelo deu seu voto favorável à operação com a adoção de alguns remédios, mas Aquino mencionou que podem haver impactos entre os tópicos da venda da Oi Móvel e a venda dos ativos de fibra (V.tal) para o BTG (no qual ele é o relator).
Para a Genial Investimentos, como Aquino teve apenas um final de semana para fazer sua análise, existe ainda a possibilidade da solicitação de um prazo maior. “Isso basicamente marca um clima mais tenso entre Aquino e Campelo, ao menos com relação aos cronogramas estipulados”.
A corretora lembra que os dois principais ativos da Oi, referentes à UPI InfraCo (atual V.tal) e à UPI Ativos Móveis (Oi Móvel), estão sob análise de Aquino, da Anatel, “tendo em suas mãos grandes poderes sobre o rumo da empresa”.
Segundo a Genial, o aval da Anatel é um passo importante, porém apenas ele não é suficiente. O Cade também precisa analisar o processo e dar seu veredito para que de fato o negócio seja efetuado, destaca.
Para a Oi, a venda desses ativos móveis simboliza um dos passos mais essenciais para a saída do processo de Recuperação Judicial (RJ), diz. “Para o setor, a venda da Oi Móvel é um dos eventos mais esperados de 2022 e acredita-se que seu desfecho ocorra ainda neste trimestre”.
A venda da Oi Móvel representaria para a companhia cerca de R$ 16,5 bilhões, o que em conjunto com a venda da InfraCo (R$ 12,9 bilhões) seriam suficientes para que a empresa arcasse com suas dívidas e encaminhasse o processo de saída da recuperação judicial prevista para ocorrer em março de 2022, na avaliação do mercado.
A reunião desta segunda está programa para começar às 16 horas, segundo a Anatel. É possível acompanhar a discussão no player abaixo.