Oi (OIBR3): Investidores correm para ‘shortear’ ação após fim da recuperação judicial; o que esperar?
O monitor de short selling (operação vendida) da XP Investimentos, que mede os papéis mais shorteados da bolsa, mostrou uma elevação de 4,7 pontos no short interest da Oi (OIBR3) no período entre 1º e 16 de dezembro, o que pode indicar que a saída da recuperação judicial não espanta as incertezas.
No último dia 14, a justiça aprovou o fim da RJ da companhia, que se arrastava desde 2016. A ação disparou mais de 40% no dia seguinte.
Porém, analistas continuam céticos com o papel. Segundo a Genial, a empresa ainda está debilitada financeiramente.
“Mesmo com a redução da dívida bruta, a Oi ainda deve ter prejuízo pelo resultado financeiro negativo, com apenas um ativo promissor e capaz de gerar caixa, enquanto vários custos como o seu legado continuam atrapalhando, ao invés de ajudar”, coloca.
Para o analista gráfico da Empiricus Investimentos, Filipe Fradinho, a ação da Oi está em um limbo. Em sua visão, ainda não é o momento de comprar o papel da tele.
Fradinho destacou que OIBR3 subiu 29,4% na última quinta e caiu 9% no dia seguinte. “É normal uma realização, mas não é normal uma sombra maior para cima do que para baixo”, disse, referindo-se ao gráfico do papel.
O que a Oi diz?
A Oi disse que a concessão da recuperação judicial representa um importante marco para a transformação das operações em busca de sustentabilidade de longo prazo.
A empresa reforçou que deve seguir com seu plano estratégico voltado para aceleração das receitas dos principais negócios, mas também buscará novas fontes de receita, além da readequação da sua estrutura de custos.
Rodrigo Abreu, CEO da Oi, afirmou em nota que, encerrada a recuperação judicial, a companhia almeja buscar a “liderança do mercado de conexões por fibra, com banda larga de altíssima velocidade, acompanhada de soluções digitais e de TI”.