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Oi (OIBR3) despenca mais 9% e atinge mínimas históricas; o que fazer agora?

21 set 2022, 18:13 - atualizado em 21 set 2022, 20:48
Oi (OIBR3;OIBR4)
O papel encerrou o pregão negociado a R$ 0,40, queda de 9,09%. É o menor valor desde, pelo menos, 2012 (Imagem: Money Times/Renan Dantas)

As ações da Oi (OIBR3) fecharam em forte queda na sessão desta quarta-feira (21), renovando as mínimas históricas.

O papel encerrou o pregão negociado a R$ 0,40, tombo de 9,09%. É o menor valor desde, pelo menos, 2012. No ano, a ação da Oi derrete 46,67%.

Os mercados continuam repercutindo o fato da Claro, TIM Brasil (TIMS3) e Vivo (VIVT3) terem pedido um ressarcimento de R$ 3,2 bilhões para a Oi.

As três empresas de telecomunicações retiveram 9% do valor a ser pago à Oi (R$ 1,4 bilhão) justamente como uma proteção para eventuais ajustes.

Então, agora as operadoras estão dizendo que não vão pagar os R$ 1,4 bilhão restante e querem ser ressarcidos por mais R$ 1,8 bilhão.

Desses R$ 3,2 bilhões combinados, TIMVivo e Claro teriam direito a R$ 1,4 bilhão, R$ 1,1 bilhão e R$ 0,7 bilhão, respectivamente.

Virgilio Lage, especialista da Valor Investimentos, coloca que o papel segue pressionado e que a notícia deixa a saída da recuperação judicial da empresa mais longe.

Em 2016, após uma compra mal sucedida da Portugal Telecom, a empresa entrou num dos maiores processos de Recuperação Judicial (RJ) da história brasileira com um total de R$ 65,4 bi de dívida bruta.

Atualmente, a companhia se encontra em fases finais de RJ, e parte do plano consiste em vender mais de R$ 30 bi em ativos e estruturar as operações da empresa para que ela volte a focar em fibra ótica.

“Essa questão (do ressarcimento) afeta bastante o caixa da empresa, que já está negativo, o que dificulta o pagamento de dívidas”, coloca.

Em relatório enviado a clientes, o BTG Pactual também destaca esse ponto, calculando que só os R$ 1,4 bilhão retidos pela operadoras já equivaleria a um impacto negativo de R$ 0,24 por ação.

Na visão da Genial, um parecer negativo é algo bastante prejudicial para a Oi, que busca se desalavancar e garantir o máximo de caixa no curto prazo para custear suas dívidas.

O que fazer com o papel da Oi?

Segundo o consenso da Reuters, de quatro analistas, três têm recomendação neutra e um indica compra do papel.

O BTG Pactual tem recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 2,30.

Porém, segundo o banco, o modelo da Oi está sendo revisado e novas estimativas devem ser publicadas nas próximas semanas.

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