Oi (OIBR3): Conclusão da venda de ativos pode atrasar saída da recuperação judicial
A finalização do processo de recuperação judicial da Oi (OIBR3) pode atrasar um pouco, caso a empresa não conclua a venda de ativos, avaliou o BTG Pactual nesta sexta-feira (25), em relatório assinado por Carlos Sequeira e Osni Carfi.
Isso porque a operação precisa ocorrer dentro do processo de recuperação da companhia, dando segurança aos compradores de que os bens transferidos são isentos de responsabilidades quanto ao processo judicial.
O juiz responsável pelo processo da Oi marcou a reunião que deve definir o encerramento da recuperação judicial para 31 de março.
“Se essas vendas de ativos acabarem não sendo concluídas até o final de março, esperamos que a reunião seja remarcada para abril ou maio”, disse o BTG.
Com a venda da Oi Móvel para Vivo, TIM e Claro aprovada pelo Cade em 9 de fevereiro, a Oi pode iniciar o processo de separação de ativos – que deve levar de seis a oito semanas.
O BTG diz esperar que o fechamento do negócio ocorra até a primeira quinzena de abril (com a possibilidade de acontecer já em março).
Risco para a Oi (OIBR3)?
Outra questão que os investidores têm levantado diz respeito a uma possível anulação da reunião da Anatel que aprovou a venda da Oi Móvel, por conta de “problemas processuais”, segundo o BTG.
O banco diz que não vê risco de a Anatel voltar atrás em sua decisão. “O que está sendo discutido é a necessidade de o órgão agendar outra reunião para ratificar a decisão tomada na última”, diz.
O pior cenário é a Anatel aceitar o recurso, entendendo que houve um problema processual, e agendar outra reunião para ratificar a decisão anterior (que foi unânime), avalia o banco.
“No entanto, a própria Anatel disse que a atual decisão é válida até o julgamento do recurso, e já autorizou a transferência das licenças. Ainda não há data para o recurso e, até lá, o processo de venda pode seguir normalmente”.
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