Oi (OIBR3): Após mais um balanço decepcionante, ação cai e analista volta a recomendar venda
A Oi (OIBR3) caía na Bolsa depois de mais um balanço decepcionante mostrar um prejuízo de R$ 3,41 bilhões no quarto trimestre do ano passado. Por volta das 11h20 desta terça-feira (23), as ações da empresa recuavam 1,80%, a R$ 1,09.
Segundo analistas, a tele apresentou baixa geração de caixa e mostrou perspectivas incertas, além de uma relação dívida líquida/Ebitda de 48,2x. A Genial Investimentos alterou a recomendação de “manter” para “vender” e reduziu o preço-alvo de R$ 2,30 para R$ 1,40.
A Oi teve uma queda de 75,4% do Ebitda na base anual, a R$ 396 milhões, com o Ebitda de rotina das operações no Brasil registrando uma redução significativa de 76,8%.
A baixa, destacou a Genial, pode ser atribuída à conclusão da venda das UPIs, resultando na perda da contribuição positiva das operações móveis, bem como à implementação de um novo modelo de operação na área de fibra, alinhado ao plano de transformação da empresa.
Os itens não rotina totalizaram um valor negativo de R$ 15,6 bilhões e estão principalmente relacionados a:
- Desvalorização de ativos referentes aos serviços legados, devido à redução das receitas de telefonia fixa associada a altos custos fixos da operação;
- Redução no saldo de contas a receber devido à conclusão do processo de conciliação com seus respectivos controles físicos;
- Provisão relacionada ao contrato de capacidade de satélites – esse valor deixou de afetar as despesas operacionais (Opex) e passou a ser reconhecido como passivo oneroso no Balanço Patrimonial.
“No 4T22, os custos e despesas apresentaram redução de 23,9%, ficando acima das nossas expectativas”, disse a corretora.
A baixa queda foi resultado do controle de custos e do fechamento da venda da UPI Ativos Móveis e da alienação parcial da V.tal.
“Isso eliminou os custos associados a essas operações, apesar do aumento das despesas decorrentes do novo modelo operacional na área de fibra”, destacou a Genial.
O que teve de bom na Oi
Em relatório assinado por Antonio Cozman e equipe, a Genial disse que o lucro líquido não foi “tão fraco quanto parece.
A companhia apresentou um prejuízo de R$ 17,7 bilhões no trimestre, mas a maior parte do resultado foi devido aos itens não recorrentes. Ajustada, a linha chegaria a R$ 3,41 bilhões.
Analistas também consideraram positivo o fato de a recuperação judicial ter sido aprovada pelo conselho.