BusinessTimes

Oi (OIBR3): Ação salta 90% em 5 dias e CVM questiona

25 jan 2023, 19:14 - atualizado em 25 jan 2023, 20:05
Oi (OIBR)
Não houve relatórios ou fatos justificassem essa disparada (Imagem: Facebook/Oi)

A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) questionou a Oi (OIBR3) após disparada no volume de negociação das ações, mostra documento enviado ao mercado nesta quarta-feira (25).

Nas últimas cinco sessões, o papel OIBR3 disparou 90%. Só nesta sessão, a alta foi de 34,62%, a R$ 2,10. Já o papel preferencial subiu 19,95%, a R$ 4,93 nesta sessão.

Já o volume negociado diário pulou de R$ 32 milhões para R$ 46 milhões.

Segundo a empresa, não há atos relevantes que em seu entendimento possam justificar possíveis oscilações atípicas no número de negócios e na quantidade negociada de ações da companhia, além daqueles amplamente já divulgados ao mercado.

E de fato, não houve relatórios ou fatos que justificassem essa disparada.

Segundo Rafael Passos, sócio analista da Ajax Asset, quem puxou o fluxo de Oi foi o investidor local. Para ele, pode ser que investidores estejam montando posição para aproveitar a alta da Bolsa, que subiu 1% nesta quarta puxado por estrangeiros.

Analistas continuam céticos com a Oi

Na última segunda, os analistas do UBS cortaram o preço-alvo para os papéis da companhia em 78%, citando os riscos para tese.

Para Leonardo Olmos e equipe de analistas do banco, alguns pontos que estavam aberto para a companhia não seguiram em uma direção favorável para a Oi.

Dentre eles, a telecom saiu do processo de recuperação judicial com dívida bruta de R$ 22 bilhões; a alavancagem continua acima de 10 vezes a relação da dívida líquida/Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Oi; e há uma falta de um acordo definitivo com os credores quanto à renegociação da dívida da empresa.

Na primeira semana de janeiro, o Santander também havia rebaixado a ação da Oi de R$ 0,90 para R$ 0,15 em 2023, além de mudar a recomendação de “manutenção” para “abaixo do mercado”, o equivalente a venda.

De acordo com os analistas Felipe Cheng e Cesar Davanço, a redução do preço-alvo é explicada principalmente pelo consumo de caixa acima do esperado nos 9 primeiros meses de 2022 e menores estimativas operacionais de curto a médio prazo.

“Acreditamos que a empresa deve continuar enfrentando desafios operacionais nos próximos anos, marcados por um nível ainda elevado de queima de caixa em 2023”, diz.

Compartilhar

TwitterWhatsAppLinkedinFacebookTelegram
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar