Oi: investidores devem olhar mais para empresa e menos para a recuperação judicial
Analistas da Ágora Investimentos estão cada vez mais convencidos de que a Oi (OIBR3;OIBR4) será capaz de se recuperar da crise que se arrasta por anos.
Na noite da última segunda-feira (7), a empresa contratou a consultoria Egon Zehnder para iniciar o processo de avaliação do conselho de administração.
A contratação tem o objetivo de ajudar o colegiado na elaboração de uma proposta aos acionistas para a eleição do conselho na Assembleia Geral Ordinária (AGO) de 2021.
Na visão da corretora, a análise de uma nova diretoria deve encerrar o ciclo de recuperação da empresa e fazer com que a atenção se volte para o seu desenvolvimento, que terá como foco o negócio de FTTH (fibra para o lar).
“Isso reforça nossa visão otimista sobre a empresa e nossa expectativa de que os investidores devem cada vez mais olhar para os fundamentos do caso”, afirmaram os analistas Fred Mendes e José Cataldo, que assinam o documento.
A corretora reforçou a Oi como top pick, ou seja, melhor do setor, com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 3,10.
Sucessão de notícias positivas
A Oi vive uma boa fase, não só pelo seu processo de reestruturação, mas também pela sucessão de notícias positivas envolvendo a nova lei das falências aprovada pelo Senado e o desconto de 50% na dívida de R$ 14 bilhões devida ao governo.
A nova lei das falências visa reequilibrar o poder entre credores e devedores em processos de recuperação judicial. O projeto abre espaço para uma proposta de plano de recuperação pelos credores.