Oi informa detalhes de negociação com titulares de notes para reestruturação
A Oi, em recuperação judicial, foi envolvida em discussões e negociações com pessoas físicas e administradores de entidades detentores de 13 tipos de notes para proposta de reestruturação financeira, mas não foram alcançados acordos. Entre os detalhes das negociações, a Oi menciona acordos de confidencialidades com cada titular para facilitar discussões e negociações a respeito da estrutura de capital da companhia e potenciais alternativas para uma proposta de restruturação e injeção de capital por meio de aumento de capital.
Assim, as informações divulgadas no fato relevante, enviado nesta segunda-feira, 23, à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), atendem obrigações de divulgação públicas assumidas no acordo. No dia 19 de outubro, representantes da companhia e assessores legais se reuniram com titulares de notes para discutir os termos da operação, mas não foram alcançados acordos.
“Embora as negociações entre a companhia e cada titular de notes possam continuar no futuro, não há como garantir que negociações continuarão ou, caso continuem, que as mesmas resultarão em um acordo com relação aos termos da potencial operação”, informou a Oi, em fato relevante.
A Oi chegou a oferecer uma proposta oral, com modificações aos materiais de 12 de outubro, como um prêmio de compromisso de 14% para investidores comprometidos no exercício das warrants; a eliminação de backstop de compromisso e prêmio de backstop, flexibilização das condições do exercício dos warrants e retirada de taxa de rescisão.
Além disso, a empresa ofereceu aumentar, com aprovação do conselho de administração, o aumento de capital para acima de R$ 3,5 bilhões. “Os representantes dos titulares de notes não aceitaram a proposta da companhia e responderam com uma proposta oral”, revela a Oi, no documento.
Na resposta, os titulares de notes aceitariam o aumento de capital acima de R$ 3,5 bilhões, caso os investidores comprometidos recebessem o mesmo recovery econômico que eles receberiam em uma estrutura em que o aumento de capital em dinheiro fosse limitado a R$ 3,5 bilhões; e o prêmio de compromisso de 14% seria aceito com pagamentos de prêmios anuais. Sobre taxas de rescisão e outras de despesas, deveriam permanecer como no material de 12 de outubro, assim como outras condições.
(Por Marcelle Gutierrez)
