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Oi diz que sairá fortalecida após aprovação de plano e injeção de recursos

14 nov 2017, 14:28 - atualizado em 14 nov 2017, 14:28

O diretor-presidente da Oi, Marco Schroeder, reiterou a mensagem de que a companhia sairá fortalecida após a aprovação do seu plano de recuperação judicial e da capitalização para ampliar os investimentos operacionais.

“Com a injeção de recursos, e o capital equilibrado, a Oi sairá fortalecida da recuperação judicial e terá condições de contribuir com o País”, afirmou nesta terça-feira, 14, durante teleconferência com investidores e analistas. “A Oi poderá participar de alavancas importantes para o desenvolvimento do País, como a expansão da banda larga”, acrescentou.

Schroeder reiterou que não vê riscos de uma intervenção do governo federal neste momento na companhia, uma vez que a operadora tem ampliado os investimentos e reduzido a quantidade de reclamações de consumidores.

“O cenário de potencial intervenção é extremado, para o caso de não haver convergência (das negociações para o plano de recuperação) e risco sobre as operações da Oi. Nesse momento, é inexistente”, disse.

O diretor-presidente afirmou também que a companhia continua preparada para realizar a assembleia, que foi adiada de 10 de novembro para 7 de dezembro. “O objetivo de todos é realizar a assembleia nessa data e aprovar um plano que permita à companhia virar a página”, ressaltou.

Assembleia

O diretor-presidente da Oi minimizou as chances de uma assinatura de acordo com investidores interessados na companhia antes da aprovação do plano de recuperação judicial na assembleia geral de credores, adiada para 7 de dezembro.

“O foco agora é o acordo de acionistas e credores. Em um segundo momento, seria importante uma aproximação com potenciais investidores. Acho difícil isso acontecer antes da assembleia”, avaliou.

O executivo confirmou que a Oi assinou um acordo de confidencialidade com os potenciais investidores da China Telecom e do fundo Texas Pacific Group, para eles conhecerem mais detalhes da operadora brasileira. “Não há nenhuma proposta formal, nem sinalização de que irá ocorrer de fato”, ponderou.

Receita

Schroeder admitiu que a companhia tem o desafio de conter o processo de queda no faturamento, motivado pela perda de clientes. A solução, avaliou, está na ampliação dos investimentos para melhoria da cobertura e da qualidade das redes.

“Reconhecemos que temos ainda muitos desafios na receita”, comentou, durante teleconferência com investidores e analistas. “A solução é a expansão de investimentos”, disse, acrescentando que o aumento dos aportes depende da injeção de capital na empresa durante o processo de recuperação judicial.

A receita líquida da Oi totalizou R$ 5,964 bilhões no terceiro trimestre, uma retração de 6,7% frente ao mesmo período do ano passado. A receita com os suas operações nas áreas de telefonia fixa e móvel, banda larga, TV por assinatura e serviços corporativos alcançou R$ 5,863 bilhões, um encolhimento de 4,7%.

A queda, entretanto, foi menor do que a vista no segundo trimestre, ponderou Schroeder.

O executivo ressaltou que a Oi tem tido sucesso na geração de caixa, sem comprometer as operações. O caixa gerado pela operadora no trimestre foi de R$ 218 milhões. Com isso, terminou o período com R$ 7,717 bilhões em caixa. “O crescimento do caixa se deu em período em que aumentamos investimentos e a qualidade da rede”, disse.

O diretor-presidente da Oi também destacou o retorno do lucro após quase dois anos, mas lembrou que a rentabilidade só será sustentável com o encaminhamento do plano de recuperação. “A conclusão da recuperação é fundamental para que a companhia mude seu patamar de lucratividade de forma estrutural.”