Oi: Credit Suisse vê ação com prêmio “injusto” sobre a TIM
O Credit Suisse cortou o preço-alvo para as ações da Oi (OIBR4) após ter acesso aos detalhes do acordo proposto com credores para sair da recuperação judicial e da situação de penúria financeira, mostra um relatório enviado a clientes nesta sexta-feira (15) e obtido pelo Money Times.
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O valor indicado para os papéis preferenciais foi revisto de R$ 2,30 para R$ 2,10 em 12 meses. A recomendação foi mantida em neutra. O valor corresponde a um potencial de desvalorização de 31%. Após caírem 16,4% na véspera, a R$ 3,05, as ações se recuperam no pregão de hoje.
“Olhando para o plano da Oi e o recente fluxo de notícias em detalhes, identificamos alguns pontos que podem afetar substancialmente o valor justo das ações da Oi. Em poucas palavras, esses elementos são negativos e reduzem o valor patrimonial justo da Oi em R$ 0,83 por ação versus nossa estimativa anterior”, explicam os analistas Daniel Federle, Felipe Cheng e Juan Pablo Alba.
Mudanças
O banco chama a atenção para o aumento de capital de R$ 4 bilhões que será realizado para entregar ações aos credores a R$ 1,11. Além disso, os analistas calculam que ao preço atual os papéis negociam a 5,5 vezes o valor da empresa sobre o Ebitda estimado para 2018 (4 vezes considerando o preço-alvo). Este múltiplo representa um prêmio “injusto” na comparação com a Tim (TIMP3), ressaltam os analistas.
Outro ponto levantado no relatório se refere ao bolo de multas com a Anatel. O valor pode chegar a R$ 14,4 bilhões, o que é superior aos R$ 11,1 bilhões divulgados pela empresa na sua última lista de credores. Parte disso poderá ser descontado, avalia o banco, em aproximadamente R$ 5,8 bilhões. Ainda assim, é um montante mais elevado do que o projetado anteriormente.
A venda de ativos e a aproximação de potenciais compradores continua sendo o potencial de alta para os papéis, estima o banco.