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Oi contrata consultoria Egon Zehnder para avaliar conselho de administração

07 dez 2020, 19:24 - atualizado em 07 dez 2020, 20:02
Oi
A contratação da Egon Zehnder está em linha com o plano estratégico de transformação da Oi como maior provedora de infraestrutura do setor no Brasil (Imagem: Facebook/Oi)

A Oi (OIBR3;OIBR4) informou nesta segunda-feira (7) que contratou a consultoria Egon Zehnder para iniciar o processo de avaliação do conselho de administração.

A contratação tem o intuito de subsidiar o colegiado na elaboração de uma proposta aos acionistas para a eleição do conselho na Assembleia Geral Ordinária (AGO) de 2021.

“Com esse passo, a companhia inicia a criação do marco dentro do qual será elaborada a proposta aos acionistas de composição do futuro conselho, de forma estruturada, transparente, criteriosa e alinhada com as melhores práticas de governança corporativa, em benefício da empresa e de todos os seus stakeholders”, comentou a operadora de telecomunicações, em comunicado enviado ao mercado.

A contratação da Egon Zehnder está em linha com o plano estratégico de transformação da Oi como maior provedora de infraestrutura do setor no Brasil.

Sucessão de notícias positivas

A Oi vive uma boa fase, não só pelo seu processo de reestruturação, mas também pela sucessão de notícias positivas envolvendo a nova lei das falências aprovada pelo Senado e o desconto de 50% na dívida de R$ 14 bilhões devida ao governo.

A nova lei das falências visa reequilibrar o poder entre credores e devedores em processos de recuperação judicial. O projeto abre espaço para uma proposta de plano de recuperação pelos credores. Caso seja aprovada sem vetos pelo presidente Jair Bolsonaro, a lei aumentará o desconto de dívidas tributárias de 50% para até 70% e permitirá a isenção do pagamento do imposto de renda sobre ganhos de capital por meio da venda de ativos.

O BTG Pactual (BPAC11) defendeu que isso é altamente positivo para a Oi, que está no caminho para se desfazer de sua divisão móvel e da participação em ativos de infraestrutura.

Pelas estimativas do banco, a venda da divisão móvel deve gerar rendimentos tributáveis em torno de R$ 8 bilhões – mesmo valor para o desinvestimento dos ativos de infraestrutura, a depender da participação que for vendida. Por parte da Oi, a redução da dívida com bancos e agências de crédito, de R$ 18,5 bilhões para R$ 8,3 bilhões, produzirá ganhos tributáveis de R$ 10 bilhões. Somando tudo isso, haveria ganhos tributáveis de R$ 26 bilhões, levando a uma taxação de R$ 9 bilhões.

Vale lembrar que a companhia vendeu no fim de novembro as torres de telefonia móvel e data centers, tendo arrecadado em torno de R$ 1,4 bilhão no leilão.

Quanto à redução da dívida junto à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a Advocacia-Geral da União (AGU) disse que “os créditos da Anatel são considerados irrecuperáveis, em razão do processo de recuperação judicial do grupo Oi”.

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