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Oi confirma que aumento de capital no novo plano poderá superar R$ 9 bilhões

12 out 2017, 0:19 - atualizado em 05 nov 2017, 13:53

A Oi divulgou nesta quarta-feira, 11, os termos do seu novo plano de recuperação judicial, que visa a equalizar dívidas de R$ 65 bilhões. Em nota distribuída à imprensa, a Oi confirmou a proposta de realizar aumento de capital. O plano prevê capitalização que pode superar R$ 9 bilhões. O processo terá a entrada de, no mínimo, R$ 6 bilhões em dinheiro novo.

Desse montante, R$ 3,5 bilhões virão de bondholders e R$ 2,5 bilhões dos atuais acionistas. Além disso, os atuais acionistas anteciparão R$ 1 bilhão para fazer frente a fees previstos em contratos de apoio de bondholders para aprovação do plano.

“A nova proposta assegura a realização de aumento de capital por parte dos acionistas no curto prazo para financiar eventuais necessidades de caixa para a aprovação da nova versão do plano, evitando impacto no caixa operacional”, descreve a Oi.

Além do aumento de capital mínimo de R$ 6 bilhões em dinheiro, o plano poderá contemplar um aumento de capital adicional de R$ 3 bilhões, caso debêntures conversíveis previstas no plano para os credores sejam convertidas em capital. Com a capitalização, o patamar de investimento anual da Oi passará de R$ 5 bilhões ao ano para aproximadamente R$ 7 bilhões ao ano, pelos próximos três anos.

O adicional de investimento a ser feito anualmente será destinado a projetos de expansão de fibra ótica, aumento da cobertura 4G, projetos de digitalização e TI. A nova proposta a ser levada para votação em assembleia de credores prevê a redução da alavancagem da companhia para um patamar inferior a três vezes o Ebitda, considerando a avaliação de mercado da dívida. “Uma vez aprovado o plano de recuperação judicial na Assembleia Geral de Credores, o Oi terá resolvido o desequilíbrio na sua estrutura de capital e voltará a crescer e desempenhar um papel ainda mais relevante no setor de telecomunicações brasileiro”, enfatiza a companhia em nota.

Negociações

A diretoria estatutária da tele não se opôs à divulgação do documento, que foi aprovado pela maioria do conselho de administração.

“Este movimento cumpre um rito importante, permitindo evolução no processo e evitando rupturas que possam prejudicar a companhia”, afirmou a Oi. “A partir deste momento, há ampla oportunidade de avançarem as discussões com instituições e autarquias públicas”, completou, citando o interesse comum de preservar os serviços prestados pela operadora, bem como os empregos gerados pela companhia.

A nova versão do plano também passa a ser a base de discussões com os diversos grupos de credores, entre eles os bondholders liderados pela Moelis e G5/Evercore, que reúnem montante superior a R$ 22 bilhões de créditos da Oi. A companhia já assinou acordos de confidencialidade com representantes destes grupos e iniciou discussões para buscar aprovação ao plano.