Oi: aprovação de plano não sustenta alta, e ações vivem montanha-russa hoje
As ações da Oi (OIBR3) operam sem tendência definida na manhã desta quarta-feira (9). Na abertura do pregão, os papéis foram cotados em R$ 1,95, representando uma alta de 4,8% sobre o fechamento de ontem (R$ 1,86). Esta é, até o momento, a máxima do dia.
Desde então, os papéis alternam momentos de ganhos e perdas. Na mínima do dia até agora, a Oi foi negociada por R$ 1,83, uma queda de 1,6% sobre o fechamento de ontem, e de 6,1% em relação à máxima desta manhã, na abertura. Muitos negócios, inclusive, são fechados nesta manhã pela mesma cotação de ontem (R$ 1,86).
Às 11h39, os papéis recuavam 0,54% e eram negociados por R$ 1,85, enquanto o Ibovespa avançava 0,58% e marcava 100.631 pontos.
A amplitude da oscilação e a falta de tendência definida mostram que os investidores estão divididos quanto ao impacto imediato da aprovação do plano de reestruturação ontem (8) pela assembleia de credores.
Sinal verde
A assembleia geral de credores da Oi aprovou, nesta terça-feira (8), o novo plano de recuperação judicial da companhia. O aditamento será, agora, homologado na 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro.
Como já foi divulgado, a reestruturação da Oi prevê a segregação de suas áreas em unidades de negócio para posterior venda. No fim do processo, a “nova Oi” será uma empresa de infraestrutura, prestando serviços para companhias de telecomunicações. Seu maior ativo será, então, a rede de fibra óptica.
Outro passo importante foi dado na segunda-feira (7), quando a companhia anunciou que o consórcio formado pela Vivo (VIVT4), TIM (TIMP3) e Claro apresentou a melhor oferta pela área de telefonia móvel e, portanto, conquistou o status de “stalking horse”, isto é, a oferta preferencial no leilão que selará o negócio.
À espera do próximo gatilho
A percepção de analistas e investidores é que a maior parte do valor gerado pela reestruturação da Oi já foi capturado pela ação durante os últimos meses.
Ontem, por exemplo, a Ágora Investimentos elogiou o avanço nas negociações, reafirmou sua recomendação de compra das ações da Oi, mas com um potencial de alta de 14% sobre o fechamento de sexta-feira – o preço-alvo é de R$ 2,10.
Em agosto, a Ágora chegou a afirmar que a aprovação do plano destravaria valor para as ações, e o preço-alvo subiria para R$ 3,20. No relatório de ontem, contudo, a gestora manteve o preço de R$ 2,10, e não faz menção a uma revisão das estimativas.