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Oi (OIBR3) desaba 10% com fantasma da reprovação da venda da Oi Móvel

07 fev 2022, 18:48 - atualizado em 07 fev 2022, 18:54
OI OIBR3 OIBR4
Novela da venda móvel da Oi ganha mais um capítulo (Imagem: REUTERS/Nacho Doce)

As ações da Oi (OIBR3;OIBR4) desabaram na sessão desta segunda-feira (7) após o Ministério Público Federal recomendar a reprovação da venda da Oi Móvel para TIM (TIMS3), Vivo (VIVT3) e Claro.

Os papéis ordinários (OIBR3) caíram 10,38%, enquanto as ações preferenciais (OIBR4) exibiram queda de 3,41%.

A avaliação da Procuradoria é que a operação é prejudicial ao mercado e que as teles feriram a lei ao formarem um consórcio para comprar a concorrente.

Em parecer, o procurador da República Waldir Alves, representante do MP junto ao órgão, determinou ainda a instauração de dois processos administrativos contra as três teles para apurar irregularidades.

Outra investigação foi determinada para averiguar se as operadoras comunicaram o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) da operação dentro do prazo definido na legislação.

No parecer, o procurador avalia que a compra da quarta maior operadora de telefonia móvel pelas três primeiras impedirá a entrada de novos concorrentes no mercado.

Oi contesta parecer

A Oi rebateu, em nota, o parecer do Ministério Público Federal que recomendou ao Cade que reprove a compra da empresa pela Claro, Tim e Vivo, dizendo que o negócio reforça a competição entre as operadoras.

No texto, a Oi disse que o representante do MPF não considera a importância da operação para a recuperação econômica do grupo e o aspecto pró-competitivo do negócio que, de acordo com a empresa, viabiliza a criação de uma das maiores empresas de rede neutra do país, que “ofertará capacidade a todas as operadoras, contribuindo para ampliar a competitividade no mercado”.

De acordo com a Genial Investimentos, fontes mais próximas ao caso mencionaram que há informações desatualizadas que serviram de base para a conclusão do relator, não levando em conta as análises técnicas da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e os remédios propostos, com a própria Vivo refutando o relatório do relator.

A recomendação ocorre na mesma semana em que o Cade deverá julgar a operação. O mercado espera que o órgão aprove a venda, sem maiores dores de cabeça.

Segundo analistas consultados pelo Money Times, os investidores ainda não precificaram esse movimento, o que explica a recente disparada do papel. As ações acumulam alta de 26% no ano.

A avaliação é de que o negócio é fundamental para que a Oi possa respirar e ter capacidade de diminuir a dívida e força para investir onde importa: no disputado segmento de fibra óptica, como o traçado em seu plano de investimento.

Com Agência Estado

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