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OGPar e OGX esclarecem pontos de depoimento de Mônica Moura na Lava Jato

12 maio 2017, 14:04 - atualizado em 05 nov 2017, 14:04

A Óleo e Gás Participações e a OGX, em recuperação judicial, esclarecem pontos do depoimento de Mônica Moura, no âmbito da Operação Lava Jato, sobre valores não oficiais para a campanha de Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo.

As empresas negam pagamentos feitos pela OGX ou contratos firmados pela empresa Golden Rock e esclarecem que Flavio Godinho não integrava função administrativa nas companhias em 2012/2013 Segundo trechos publicados na imprensa, Monica Moura procurou o executivo Flavio Godinho, da OGX, no escritório da empresa no Rio de Janeiro, que exigiu que o valor fosse pago no exterior, sendo então realizado depósito na conta da Shellbill.

Contudo, para o pagamento, Flavio Godinho exigiu a elaboração de um contrato fictício entre a Shellbill e uma offshore do Eike Batista de nome Golden Rock, localizada no Panamá. “Já desesperados para receber os valores, Monica teve que aceitar fazer o contrato, sendo que após, em meados de 2013, foi firmado o contrato e realizada a transferência dos valores.”

De acordo com a OGX, em fator relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Godinho não exerce e não exercia cargos de administração na companhia em 2012/2013. A empresa também esclarece que não há registro de pagamentos feitos pela OGX ou controladas ou mesmo contrato.

“A empresa Golden Rock, mencionada nas matérias e citada nos documentos, não integra a estrutura societária das companhias”, informou a empresa, no documento. “Mesmo diante do exposto no item acima, ao tomar conhecimento das referidas matérias e documentos, os diretores das companhias iniciaram imediatamente uma busca nos registros contábeis e de pagamentos das companhias e suas controladas, não tendo sido identificado qualquer transferência de valores à Shellbill”, declarou a OGX.

A OGX reiterou ainda que Eike Batista não exerce função administrativa na companhia, seja na diretoria ou no conselho. “As companhias estão, desde 2013, integralmente focadas no cumprimento de seus respectivos planos de recuperação judicial, os quais contaram com aprovação maciça dos credores, e nos compromissos assumidos junto aos demais stakeholders”.7

(Por Marcelle Gutierrez)