Oferta de ações da Via (VIIA3) vai dar ruim? Mercado aposta em peso contra papel, revela estudo da XP
A Via (VIIA) é uma das ações mais shorteadas da bolsa, revela monitor de short selling da XP Investimentos, que acompanha os papéis negociados na Bovespa que são líquidas e envolvidas em operações vendidas.
Estar vendido em uma ação significa que os investidores apostam na queda do papel. No ano, o papel da Via acumula queda de 48%. A ação já chegou a ser vendida a R$ 2,66, e agora negocia a R$ 1,18.
Na próxima quarta, a empresa deverá precificar a sua oferta de ações. A empresa pretende capitar R$ 981,1 milhões, com a distribuição de 778,6 milhões de papéis.
De acordo com os dados, a taxa de aluguel da Via disparou 30 pontos percentuais em relação a última pesquisa.
A taxa de short interest é de 21,4%, a terceira maior do levantamento.
Veja na tabela abaixo:
Taxa de aluguel:
Ação da Via flerta com R$ 1; é hora de fugir?
Em live do Giro do Mercado, o analista da Empiricus Research, Fernando Ferrer, falou ao Giro do Mercado que, operacionalmente, a varejista não está nada bem.
Relembrando o início do problema, ele comenta que, em 2014, início do e-commerce no Brasil, a Via (VIIA3) decidiu ir no sentido contrário de suas concorrentes ao separar sua operação física do online, o que acabou gerando muitos custos e uma “concorrência” desnecessária dentro da própria empresa.
Veja a entrevista na íntegra:
“A companhia está em um turnaround há bastante tempo e não tem conseguido solucionar esse problema. Justamente porque é uma companhia grande, que tem um faturamento relevante. Com players muito capitalizados e fortes entrando de vez no e-commerce e investindo bastante em logística, ela, bem fragilizada, tem dificuldade em ‘trocar a roda do carro com o carro andando.”