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Oferta da PagSeguro visa contra-ataque às concorrentes, diz Estadão

20 jun 2018, 9:42 - atualizado em 20 jun 2018, 9:42

Por Investing.com – A decisão do PagSeguro de antecipar a oferta de ações de cerca de US$ 1,2 bilhão pegou o mercado de surpresa. As ações da companhia tiveram perdas expressivas na bolsa de Nova York após o Credit Suisse cortar a recomendação de “neutra” para “underperform”.

Na visão do banco, o anúncio da oferta é um sinal negativo, marcando a visão de que a competição no mercado de meios de pagamento está crescendo rápido, o que pode levar a revisões em estimativas de lucro. Com isso, o preço-alvo foi cortado de US$ 32 para US$ 27

A Coluna do Broad desta quarta-feira destaca que a oferta agressiva seria um contra-ataque a investidas de concorrentes junto ao seu público-alvo: os micro e pequenos empreendedores. Isso principalmente após a Cielo (CIEL3) reforçar a atuação nesse segmento e a Rede sinalizar que também pode mirar os MEIs. Além disso, o mercado mostra que cada vez mais empresas estão investindo no setor de meio de pagamentos eletrônicos.

A publicação aponta que dois terços da nova oferta da PagSeguro são secundários, ou seja, o dinheiro vai para o bolso dos sócios.

Líder no mercado de maquininhas, a Cielo já admite que pode perder margem para defender sua participação que encolheu nos últimos anos. Para isso, a empresa que pertence ao Bradesco (BBDC4) e ao Banco do Brasil (BBAS3) está mais agressiva no marketing.

Para a coluna, a leitura é de que o sinal, tanto da PagSeguro como da Cielo, é ruim para ambas. Na prática, vão queimar recursos com uma disputa mais acirrada.