Oferta da Aliansce Sonae (ALSO3) pela brMalls (BRML3) pode virar aquisição hostil, afirma Ágora; entenda o porquê
A oferta da Aliansce Sonae (ALSO3) para uma potencial combinação de negócios com a brMalls (BRML3) pode se transformar em uma aquisição hostil (ou seja, quando uma parte compra outra que tem seu capital pulverizado na bolsa de valores sem passar pelo processo de negociação), diz a Ágora Investimentos.
Em fato relevante divulgado nesta segunda-feira (24), a brMalls informou que o fundo de pensão canadense Canada Pension Plan Investment Board (CPPIB), que detém 23% de participação na Aliansce, obteve 5,76% das ações em circulação da companhia.
A brMalls destacou no documento que a CPPIB é acionista integrante do bloco de controle da Aliansce.
Segundo a Ágora, a aquisição de participação do CPPIB pode ser visto como uma tentativa de reter um lance bem mais alto.
A corretora não descarta, no entanto, um ajuste na oferta original da Aliansce que ainda tornaria a fusão um arranjo “ganha-ganha” (atualmente, a relação BRML3/ALSO3 está sendo negociada 9,6% acima da relação de swap proposta).
“Para ALSO, o prêmio a ser pago pode liberar um valor muito maior em sinergias, visibilidade e liquidez das ações, o que deve ajudar a fechar a significativa lacuna de avaliação na qual as ações atualmente são negociadas com seus pares. Para a BRML, incorporar os ativos da ALSO com um desconto relativo e ainda receber um rendimento de caixa de 20% parece uma boa proposta, que ainda pode ser seguida por todo o potencial de ganho das sinergias”, avalia a corretora.
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