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OEC, construtora da Odebrecht, acelera negociações para reestruturar dívidas

14 jun 2019, 16:26 - atualizado em 14 jun 2019, 16:26
Construção
Objetivo é encerrar as negociações antes do feriado americano de 4 de julho, segundo informações do Estadão

Por Investing.com

A construtora do Grupo Odebrecht, OEC, está com pressa para fechar um acordo com seus credores para reestruturação de US$ 2,9 bilhões em bônus. O objetivo é encerrar as negociações antes do feriado americano de 4 de julho. As informações são da edição desta sexta-feira da Coluna do Broad, do Estadão.

De acordo com a publicação, as negociações envolvem a redução de cerca 70% e o alongamento para que os títulos de médio prazo vençam em um prazo adicional de 20 anos. Já os bônus perpétuos devem seguir sem uma data de vencimento. Além disso, os credores querem a maior parte do lucro excedente após a distribuição a acionistas.

No entanto, caso as conversas não sejam convertida em um acordo, existe ainda uma proposta de entrega de ações da OEC, embora não ser essa hipótese a mais bem aceita pelos credores, esclarece a coluna.

A pressa para fechar o acordo é explicado pelo fato que, após o dia 4 de julho, será necessário atrair mais 15% de credores, para se juntar aos atuais e chegar ao total de 60% que são exigidos para que a Justiça aprove o plano nos moldes de uma recuperação extrajudicial.

A data é justamente a do feriado de 4 de julho nos Estados Unidos, que marca o começo de um período de menor liquidez em Wall Street, já que abre a temporada de férias de verão no Hemisfério Norte.

Outro motivo para a aceleração está ligado à capacidade da OEC colocar em prática seu plano operacional, que é a base para o cumprimento do plano de pagamento dessa dívida. Para isso, a construtora tem se redobrado para explicar a clientes e fornecedores que as atividade da empresa não são comprometidas pela recuperação judicial da Atvos e pelas questões envolvendo a holding do grupo.

Apesar disso, a situação não é favorável à companhia, uma vez que a expectativa de entrada de mais de US$ 1,1 bilhão em novos contratos já caiu pela metade. Mas o plano operacional a partir do qual a construtora negocia com os credores é o mesmo.