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Odebrecht espera acordo com bancos credores da Braskem até o fim do ano

18 dez 2019, 11:53 - atualizado em 18 dez 2019, 11:57
Usina da Braskem
A companhia quer encerrar o ano com o planejamento concluído e conseguir a aprovação das instituições até a data da assembleia de credores(Imagem: Divulgação/Braskem/Facebook)

A Odebrecht espera aproveitar o período entre o Natal e o Ano Novo para se reunir com bancos para realizar o acerto final sobre a fatia que o grupo tem na Braskem (BRKM5).

De acordo com a edição desta quarta-feira da Coluna do Broad, do Estadão, o objetivo é encerrar o ano com o planejamento concluído e conseguir a aprovação das instituições até a data da assembleia de credores, que votará o plano de recuperação da empreiteira em 29 de janeiro.

A publicação destaca que a participação acionária de 50,1% da Odebrecht na Braskem está nas mãos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco do Brasil (BBAS3), Bradesco (BBDC4), Itaú Unibanco (ITUB4) e Santander (SANB11).

A fatia foi dada como garantia por empréstimos feitos ao grupo com o objetivo de aliviar as dificuldades das subsidiárias, principalmente o braço de etanol Atvos, também em recuperação judicial.

A reportagem explica ainda que os bancos já poderiam ter tomado as ações da Braskem, já que não estão protegidas pela Justiça. Apesar disso, as instituições decidiram evitar um dano maior e não executaram a garantia.

De acordo com a Coluna, as conversas com os bancos envolvem um prazo de até três anos sem execução da garantia para que a Odebrecht venda sua participação. Esse é o prazo máximo, durante o qual o grupo terá direito a cerca de 80% dos dividendos gerados pela petroquímica, limitados a perto de R$ 1 bilhão.

Odebrecht
De acordo com  o Estadão, as conversas com os bancos envolvem um prazo de até três anos sem execução da garantia para que a Odebrecht venda sua participação (Imagem: Reuters/Amanda Perobelli)

Outra esperança da Odebrecht que os problemas ambientais e sociais relacionados ao afundamento de três bairros em Alagoas, por conta da mina de sal-gema da Braskem, estejam resolvidos em 2020, a fim de melhorar o valor da companhia.

Considerando o valor de fechamento da sessão de ontem na bolsa, a participação da Odebrecht na Braskem é suficiente apenas para o pagamento da dívida com os bancos, de cerca de R$ 13 bilhões.

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