Oceânica Engenharia estuda fazer IPO pelo rito automático da CVM
A Oceânica Engenharia comunicou, nesta quarta-feira (17), que “tem a intenção de realizar uma potencial oferta pública inicial de distribuição primária e secundária de ações ordinárias”. Segundo o fato relevante, a empresa planeja realizar seu IPO, seguindo o rito automático previsto na Resolução Nº 160 da CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
Publicada em julho de 2022 e vigorando desde o início do ano passado, a Resolução Nº 160 é considerada pelo mercado como um avanço, já que desburocratiza os procedimentos de diversos tipos de ações. As empresas que optam por esse caminho são dispensadas de análise prévia pela CVM, desde que cumpram algumas exigências.
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Para tocar seu IPO, a Oceânica contratou o BTG Pactual Investment Banking, o Banco Itaú BBA, o IBS Brasil Corretora de Câmbio, o Bradesco BBI, Santander Brasil e o ABC Brasil DTVM.
A empresa ainda não definiu o montante que pretende captar com a operação, mas adiantou que o dinheiro será usado na “aquisição e customização de embarcações, aquisição de máquinas e equipamentos, e aumento da posição de caixa da companhia”.
IPO da Oceânica: Documentos estão em análise na Anbima
A empresa acrescenta que, neste momento, sua documentação está em análise pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), a fim de verificar se há condições de enquadrá-la no rito automático da CVM.
A Oceânica ressalta que nenhuma decisão final foi tomada sobre a realização da oferta, e condicionou seu prosseguimento às condições de mercado, à obtenção das aprovações necessárias, ao parecer técnico da Anbima e a fatores que podem escapar à vontade da empresa.
No mercado há mais de 45 anos, a Oceânica atua no segmento de manutenção de instalações submarinas para a indústria offshore de energia. Empresas de petróleo e gás, energia renovável, portos e hidrelétricas estão entre seus clientes. Ela também atende clientes de telecomunicações e mineração.
Oceânica registra prejuízo no 3T23
A empresa encerrou o terceiro trimestre de 2023 com prejuízo líquido de R$ 1,9 milhão, ante lucro de R$ 12,8 milhões no mesmo período do ano retrasado. A receita líquida cresceu 8,8% na comparação, para R$ 233,7 milhões.
Com um maior controle de custos de serviços, o lucro bruto avançou 17,4%, para R$ 79,6 milhões, elevando a margem bruta de 31,5% para 34%.
Todo esse bom desempenho foi impactado negativamente pela linha de “outras despesas operacionais”, que disparou 307%, passando de R$ 2,6 milhões para R$ 10,7 milhões, e pela alta de quase 60% das despesas financeiras, que terminaram setembro em R$ 61,1 milhões.
O ebitda ajustado, contudo, aumentou 21,6%, para R$ 81,5 milhões, acarretando um incremento de 3,7 pontos percentuais na margem de ebitda ajustado, que subiu de 31,25 para 34,9%.
Veja o fato relevante em que a Oceânica informa sobre os planos de realizar seu IPO:
Veja o release de resultados do 3T23 da Oceânica: