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Obra de Pablo Picasso é vendida em troca de criptoativos

04 jun 2020, 15:48 - atualizado em 28 out 2020, 23:06
A obra original pelo renomado artista espanhol Pablo Picasso, foi comprada pela empresa Idoneus em troca de tokens IDON esta semana (Imagem: Idoneus)

“Danse du ventre devant homme impassible” (ou “Dança do ventre para um homem impassível”), obra de arte por Pablo Picasso, foi vendida em troca de criptoativos. Essa foi a primeira vez em que uma obra original de um artista de renome foi vendida com o uso da tecnologia cripto.

Segundo o site Decrypt, o quadro foi comprado de um vendedor privado pela empresa suíça Idoneus, afirmando que, com essa iniciativa, a empresa desejar expandir o valor do mercado de ativos luxuosos.

Jarrett Preston, CEO da Idoneus, não quis divulgar a quantia exata da aquisição, cujo quadro possui a assinatura de Picasso.

Sabe-se que a aquisição foi feita com o token nativo da Idoneus, IDON, utilizado para a compra outros ativos de alto valor, antes de ser listado em uma corretora cripto esta semana.

A empresa afirma que almeja migrar a indústria de bens luxuosos ao blockchain, tornando o processo mais suave, transparente e seguro.

Um desafio presente no ramo de obras de arte é justamente a falta de autenticidade das obras vendidas. A possível solução seria usar um blockchain, um sistema público, descentralizado e cujos registros podem estar disponíveis tanto para o vendedor quanto para o comprador.

Há outros projetos que desejam ser essa ponte de negociação.

Em setembro de 2018, 31,5% de um quadro pelo artista americano Andy Warhol foi vendido por 1,7 milhão. No fim de maio, duas grandes plataformas cripto se uniram e apresentaram Foundation, um mercado onde tokens que representam obras de arte são vendidos para quem desejar ser dono desses ativos.

Essa é a ideia de tokenização: um ativo digital (token) que representa ativos do mundo real — imóveis, carros ou, nesse caso, obras de arte —, em que este pode ser dividido em partes e possuir vários donos, que poderão adquirir o token que represente sua parcela, e cuja obra poderá estar disponível para visitação, dependendo do acordo firmado entre as partes.

Isso pode democratizar o acesso à arte, pois a aquisição de obras de artistas renomados não será restrita apenas a pessoas que possuem alto poder aquisitivo, e sim, “pessoas comuns”, pois o valor total poderá ser dividido entre inúmeros donos.