É o fim do bear market dos criptoativos? “Pior já passou”, diz gestor; Veja o que fazer agora
O mundo cripto não vive o seu melhor momento. O Bitcoin, por exemplo, acumula queda de 50% no ano. Outros criptoativos também caíram. O que fazer agora?
No segundo episódio do Podcast Criptoverso – série do Market Makers voltado para o mercado de criptoativos – produzido por Thiago Salomão e Renato Santiago em parceria com a Empiricus (controladora do Money Times), Ilan Solot, da venture capital Tagus Capital, junto com Narriman França, analista de criptoativos da Empiricus, explicam como gerar valor em meio a esse bear market das criptomoedas.
Veja o episódio na íntegra:
Luz no fim do túnel?
Para ele, o pior do mercado de criptoativos já passou. Já houve liquidações forçadas como da Three Arrows Capital e Celsius, e agora o momento é de reconstrução.
Solot diz que, em primeiro lugar, é necessário para o investidor apetite para risco muito alto – além de tolerância à volatilidade.
Além disso, para aqueles que buscam se aventurar nas chamadas “low caps” – criptomoedas de valor de mercado baixo – é preciso que ele saiba que não vai acertar o fundo do preço.
“Em segundo lugar, é necessário estudar o projeto. Caso você ache que ele tem a possibilidade de fazer parte do futuro de cripto quando o bear market acabar, então você compra”, diz.
“O fato de [um criptoativo] ter caido não é motivo suficiente para comprar. Caiu geralmente por algum motivo”, alerta.
Como escolher um criptoativo?
Solot diz que referente a uma mentalidade de equity, a análise não tem uma diferença tão grande com o mercado tradicional. Entretanto, a nuance está no mundo dos tokens.
Conforme diz, existem negócios como a OpenSea ou a Consensys que não possuem tokens.
“A partir do momento que existe um token próprio, é preciso pensar qual o tipo de token que está envolvido no sistema”, continua.
Existem também modelos híbridos, como a Binance, que possuem equities e um token com utilidade.
“Existe a terceira parte. Talvez mais complicada para os investidores tradicionais que são as organizações autônomas descentralizadas (DAOs). Trata-se de um mundo paralelo de governança”.
França comenta que a questão que mais é levada em conta por sua equipe é encontrar qual a utilidade que o token pode fornecer ao protocolo.
Veja o episódio na íntegra:
Tipos de criptoativos e tokens
Ilan Solot esclarece tipos de tokens que existem no mercado. Existem criptoativos de protocolos como Aave, Uniswap que regem o protocolo.
Os tokens de primeira e segunda camada que fazem os blockchains rodarem e outras como stablecoins e o tokens não fungíveis (NFTs).
“Gosto de pensar em quatro propriedades de agregação de valor: utilidade, colateral, governança e ‘cash flow’. Cada uma delas agrega valor.”
Para utilidade, Solot dá o exemplo do Ether que serve para pagar taxas na rede Ethereum (ETH) e usar as aplicações construídas lá dentro.
Em termos de colateral, ele explica que seria a possibilidade usar como tal finalidade. A governança pode ser posta como o poder dos detentores de dirigir um pouco o protocolo.
“E Cash flow. Muitos dos tokens te dão ‘cash flow’ direto, quase dividendos. O exemplo mais famoso talvez seja o Curve DAO (CRV). Quem faz stake do token no protocolo tem direito a 50% do lucro do protocolo, que é pago em stablecoins”, explica.
Narriman França lembra que todas essas informações podem ser obtidas através do whitepaper do projeto, a documentação oficial.
“O whitepaper é a bula da sua cripto. Toda vez que você analisar um criptoativo, o primeiro passo é compreender o projeto. Qual o propósito dele, como ele pretende fazer isso, se ele vai ter um token e como funciona todo o mecanismo por trás do token”,explica.
Veja o episódio na íntegra:
Aplicabilidade no mundo real
Para o convidado, o mercado realmente ainda é bastante circular, mas isso está mudando bastante.
Existem empresas de caridade utilizando cripto, e também serviços como videogames e músicas como o álbum em NFT do Snoop Dogg, cita Solot.
“Está em um estágio bem inicial. Times de futebol já querem utilizar NFT e Fã Tokens como formas de interação. É um processo”, diz.
Para França, estamos em uma fase de consolidar a infraestrutura. Para ela, é uma fase necessária para acelerar a adoção.
“A principal barreira que temos hoje em cripto é principalmente a experiência do usuário”, diz.
Veja o episódio na íntegra:
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