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É o fim do bear market dos criptoativos? “Pior já passou”, diz gestor; Veja o que fazer agora

30 jul 2022, 18:00 - atualizado em 29 jul 2022, 20:15
(Imagem: Youtube/Reprodução)

O mundo cripto não vive o seu melhor momento. O Bitcoin, por exemplo, acumula queda de 50% no ano. Outros criptoativos também caíram. O que fazer agora?

No segundo episódio do Podcast Criptoverso – série do Market Makers voltado para o mercado de criptoativos – produzido por Thiago Salomão e Renato Santiago em parceria com a Empiricus (controladora do Money Times), Ilan Solot, da venture capital Tagus Capital, junto com Narriman França, analista de criptoativos da Empiricus, explicam como gerar valor em meio a esse bear market das criptomoedas.

Veja o episódio na íntegra:

Luz no fim do túnel?

Para ele, o pior do mercado de criptoativos já passou. Já houve liquidações forçadas como da Three Arrows Capital e Celsius, e agora o momento é de reconstrução.

Solot diz que, em primeiro lugar, é necessário para o investidor apetite para risco muito alto – além de tolerância à volatilidade.

Além disso, para aqueles que buscam se aventurar nas chamadas “low caps” – criptomoedas de valor de mercado baixo – é preciso que ele saiba que não vai acertar o fundo do preço.

“Em segundo lugar, é necessário estudar o projeto. Caso você ache que ele tem a possibilidade de fazer parte do futuro de cripto quando o bear market acabar, então você compra”, diz.

“O fato de [um criptoativo] ter caido não é motivo suficiente para comprar. Caiu geralmente por algum motivo”, alerta.

Como escolher um criptoativo?

Solot diz que referente a uma mentalidade de equity, a análise não tem uma diferença tão grande com o mercado tradicional. Entretanto, a nuance está no mundo dos tokens.

Conforme diz, existem negócios como a OpenSea ou a Consensys que não possuem tokens.

“A partir do momento que existe um token próprio, é preciso pensar qual o tipo de token que está envolvido no sistema”, continua.

Existem também modelos híbridos, como a Binance, que possuem equities e um token com utilidade.

“Existe a terceira parte. Talvez mais complicada para os investidores tradicionais que são as organizações autônomas descentralizadas (DAOs). Trata-se de um mundo paralelo de governança”.

França comenta que a questão que mais é levada em conta por sua equipe é encontrar qual a utilidade que o token pode fornecer ao protocolo.

Veja o episódio na íntegra:

Tipos de criptoativos e tokens

Ilan Solot esclarece tipos de tokens que existem no mercado. Existem criptoativos de protocolos como Aave, Uniswap que regem o protocolo.

Os tokens de primeira e segunda camada que fazem os blockchains rodarem e outras como stablecoins e o tokens não fungíveis (NFTs).

“Gosto de pensar em quatro propriedades de agregação de valor: utilidade, colateral, governança e ‘cash flow’. Cada uma delas agrega valor.”

Para utilidade, Solot dá o exemplo do Ether que serve para pagar taxas na rede Ethereum (ETH) e usar as aplicações construídas lá dentro.

Em termos de colateral, ele explica que seria a possibilidade usar como tal finalidade. A governança pode ser posta como o poder dos detentores de dirigir um pouco o protocolo.

“E Cash flow. Muitos dos tokens te dão ‘cash flow’ direto, quase dividendos. O exemplo mais famoso talvez seja o Curve DAO (CRV). Quem faz stake do token no protocolo tem direito a 50% do lucro do protocolo, que é pago em stablecoins”, explica.

Narriman França lembra que todas essas informações podem ser obtidas através do whitepaper do projeto, a documentação oficial.

“O whitepaper é a bula da sua cripto. Toda vez que você analisar um criptoativo, o primeiro passo é compreender o projeto. Qual o propósito dele, como ele pretende fazer isso, se ele vai ter um token e como funciona todo o mecanismo por trás do token”,explica.

Veja o episódio na íntegra:

Aplicabilidade no mundo real

Para o convidado, o mercado realmente ainda é bastante circular, mas isso está mudando bastante.

Existem empresas de caridade utilizando cripto, e também serviços como videogames e músicas como o álbum em NFT do Snoop Dogg, cita Solot.

“Está em um estágio bem inicial. Times de futebol já querem utilizar NFT e Fã Tokens como formas de interação. É um processo”, diz.

Para França, estamos em uma fase de consolidar a infraestrutura. Para ela, é uma fase necessária para acelerar a adoção.

“A principal barreira que temos hoje em cripto é principalmente a experiência do usuário”, diz.

Veja o episódio na íntegra:

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Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
leonardo.cavalcanti@moneytimes.com.br
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Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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