O voto de confiança do BB no Santander (SANB11); por que papéis valem compra agora?
O Santander Brasil (SANB11) ganhou recomendação de compra pelo BB Investimentos após a divulgação dos resultados do terceiro trimestre do ano.
A atualização também contempla um novo preço-alvo de R$ 33,80 ao fim de 2024, o que implica um potencial de alta de 25,2% sobre o preço atual negociado.
Analistas do BB estão mais confiantes com o nome agora, visto que os números divulgados hoje sinalizam melhora em algumas linhas. A instituição destaca dois pontos positivos nessa temporada:
- melhora na qualidade de crédito, com decréscimo dos índices de inadimplência tanto na métrica acima de 90 dias (de 3,3% para 3%) quanto entre 15 e 90 dias (de 4,2% para 4%); e
- recuo das despesas de PDD (provisões para devedores duvidosos) de 6% em base trimestral e 9% no comparativo anual.
O BB também menciona o avanço na carteira de crédito classificada, que evidenciou o retorno de algum apetite na passagem entre trimestres.
Alguns dados, no entanto, permanecem sob pressão. É o caso da margem financeira, influenciada pelo mix mais conservador construído sobre a carteira de crédito ao longo dos últimos anos.
“A tesouraria mostrou ligeira melhora, mas ainda contribui negativamente para o resultado”, acrescenta.
Segundo o BB, a margem financeira fraca e o nível ainda elevado das despesas com provisões empurram o lucro antes de impostos para níveis “aquém dos melhores períodos do Santander”.
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Olhando para o futuro
Mesmo com resultados ainda pressionados, o BB Investimentos está de olho em um cenário mais positivo para o Santander à frente.
O BB defende que o Santander está deixando o momento mais desafiador do ciclo de alta da Selic pós-pandemia para trás.
“Ainda que sinais de vitalidade como crescimento de carteira e margem financeira estejam longe de estelares, acreditamos que a inflexão nos índices de inadimplência conjugada com o ciclo de afrouxo monetário em andamento deve devolver o apetite por crescimento e por um mix mais rentável de crédito ao banco”, comenta.
Apesar dos receios com a margem financeira, o BB acredita que o Santander deve aproveitar melhoras sequenciais ao longo do ciclo de queda dos juros no Brasil.