O trio de ações do varejo que merece a sua atenção, segundo banco gringo
Três ações do varejo brasileiro tiveram suas recomendações elevadas para “overweight” (equivalente a compra) pelo JP Morgan. Em relatório divulgado nesta quarta-feira (4), o banco americano atualizou as teses de Vivara (VIVA3), Arezzo (ARZZ3) e Lojas Renner (LREN3), de olho no desconto dos papéis após a forte correção no último mês.
O JP Morgan destaca que as ações do varejo brasileiro têm sentido pressão significativa, com o segmento de vestuário/joias derrapando 20% na média ao longo do mês passado ante queda de 2% para o Ibovespa.
“Apesar dos cortes materiais nas expectativas na maioria das teses, com o LPA (lucro por ação) sendo revisado para baixo em mais de 20% ao longo do ano em meio a um cenário mais desafiador para o segundo semestre de 2023 e um ambiente de consumo ainda fraco, com consumidores alavancados, ainda vemos um de-rating material para os níveis de valuation, com os papéis sendo negociados a ~10-11 vezes P/L (preço sobre lucro) à frente vs. 20 vezes no passado recente e com 10% de desconto para os pares globais vs. um prêmio no passado”, afirmam os analistas Joseph Giordano, Guilherme A. Vilela e Nicolas Larrain.
- Há ‘salvação’ para a Casas Bahia (BHIA3)? Analistas indicam outra ação do varejo que pode se beneficiar da derrocada de VIIA3. Confira:
Mesmo com a volatilidade esperada à frente devido a incertezas envolvendo as taxas de juros e um cenário macro nublado, a equipe de análise acredita que o movimento baixista de algumas ações foi exagerado, colocando de lado os riscos. Isso levou à atualização de VIVA3, ARZZ3 e LREN3.
Dentre os três nomes, Vivara rouba a cena. A seleção das ações considerou a qualidade dos resultados, o potencial risco de downside (queda) para o preço justo em meio a potenciais mudanças tributárias relacionadas a ICMS/juros sobre o capital próprio (JCP), valuation e perspectivas de crescimento.
Em paralelo, o JP Morgan manteve recomendação neutra para Alpargatas (ALPA4) e Grupo Soma (SOMA3). A instituição vê riscos mais altos para o LPA da Soma para 2024, com as estimativas estando 12% abaixo do consenso.