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M. Dias Branco (MDIA3): Santander calcula o peso da disparada do trigo e diz se ainda vale comprar as ações

04 jun 2024, 13:02 - atualizado em 04 jun 2024, 13:02
m. dias branco santander
Santander vê capacidade de expansão para M. Dias Branco, mas reduz lucro em 2024; vale comprar a ação? Confira (Imagem: YouTube/M. Dias Branco)

O Santander reforçou a recomendação de compra para as ações M. Dias Branco (MDIA3), líder em biscoitos e massas no Brasil, com preço-alvo de R$ 46 e com potencial de alta de 47%. A confiança acontece apesar da disparada dos futuros do trigo, principal insumo da companhia, no mês de maio.

Para o Santander, há três pilares que sustentem a avaliação para a ação da M. Dias Branco, entre eles:

  1. Dinâmica dos lucros é forte, apesar do recente aumento nos preços do trigo;
  2. Empresa possui forte capacidade de balanço de R$ 4,6 bilhões para buscar crescimento inorgânico e acelerar o crescimento de volume;
  3. Valuation ainda é atrativo, com o MDIA3 sendo negociado a 6,1x EV/EBITDA (desconto de aproximadamente 35% em relação à média histórica de cinco anos).

“Esperamos que a dinâmica dos lucros da M. Dias permaneça positiva, apesar do aumento de 15% nos preços do trigo desde maio de 2024. Contudo, não esperamos que este aumento tenha qualquer impacto até o 4T24 e acreditamos ainda que ele poderá ser compensado por preços mais elevados. Como tal, prevemos que o Ebitda de 2024 cresça 9% ano a ano, sustentando o bom momento”, avaliam.

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Como contamos ontem aqui no Money Times, os preços do trigo tiveram as maiores altas desde o início da Guerra entre Rússia e Ucrânia.

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Santander vê capacidade de expansão, mas reduz projeção de lucro em 2024

O banco estima que a capacidade de balanço da M Dias gire em torno R$ 4,6 bilhões, cerca de 44% de seu valor de mercado, assumindo que a empresa termine 2024 com Ebitda de R$ 1,6 bilhão e uma posição de caixa líquido de -0,6x ND/EBITDA, segundo suas estimativas.



Por outro lado, o Santander reduziu as estimativas de Ebitda e lucro líquido da M. Dias Branco para 2024 em 3% e 1%, para R$ 1,6 bilhão e R$ 1,1 bilhão, respectivamente, incorporando:

  1. Resultados do 1T24 mais fracos do que o esperado;
  2. Custos potencialmente mais elevados do trigo no 4T24;
  3. Preços mais baixos dos biscoitos, implicando que a M. Dias está negociando a um EV/EBITDA de 6,1x e um P/E de 10,0x.

“Acreditamos que estas são avaliações atrativas, pois indicam um desconto de aproximadamente 35% em relação à média histórica de cinco anos, ao mesmo tempo que oferecem um rendimento FCFE [fluxo de caixa do acionista] de 9%”, escreveram os analistas.