O temor do BB Investimentos para o IRB (IRBR3): Mais um aumento de capital
O IRB (IRBR3) reportou mais um prejuízo acima das expectativas do mercado, o que acendeu alerta de analistas. O receio maior é que, queimando caixa como a empresa está, a resseguradora necessite de mais um aumento de capital, o que seria o pior cenário, segundo o BB Investimentos.
“A ocorrência de novos prejuízos poderá desenquadrar novamente a companhia e conduzir à realização de um novo follow on”, coloca Luan Calimerio, que assina o relatório.
Segundo o analista, os resultados dos próximos trimestres serão fundamentais para a manutenção do patamar acima do exigido pela Susep (Superintendência de Seguros Privados).
No meio do ano, a companhia realizou uma oferta de ações e captou R$ 1,2 bilhão em capital, recurso suficiente para o enquadramento regulatório de suficiência do patrimônio líquido ajustado e cobertura de provisões técnicas.
No terceiro trimestre, a posição de caixa do IRB foi impactada por menor subscrição de prêmios e maiores pagamentos de sinistros.
O total de prêmios emitidos pelo IRB recuou 7,5% no comparativo anual, totalizando R$ 2,41 bilhões.
“Existe o risco de se fazer necessária uma nova emissão de ações, caso os índices de liquidez do IRB se desenquadrem novamente nos próximos trimestres, o que causaria nova diluição dos acionistas que não participarem da eventual subscrição”, coloca.
Apesar disso, o analista do Inter Research, Matheus Amaral, diz que a empresa pode se recuperar nos próximos trimestres com a melhora do segmento agro, que impactou atipicamente a companhia.
“Caso a melhor expectativa para a sinistralidade principalmente no ramo rural se verifique, a companhia deve recuperar uma maior gordura nessa suficiência”, discorre.
Por que IRB não é compra para o BB?
O BB elevou o preço-alvo do IRB de R$ 0,81 para R$ 1, mas reafirmou a recomendação de venda para o IRB após a divulgação dos resultados.
De acordo com Calimerio, o plano de recuperação do IRB continua encontrando severos desafios para se concretizar.
“Mesmo após a mudança de administração em 2020, os sucessivos prejuízos, impulsionados principalmente pela alta sinistralidade dos ramos vida e rural, seguem dificultando nossa visibilidade a respeito da operação da companhia”, discorre.
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