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O setor que bate o Ibovespa em até 9% em anos eleitorais; veja as ações para ter agora

30 jan 2022, 19:29 - atualizado em 30 jan 2022, 20:24
Setor Elétrico
Elétricas e empresas de saneamento são boa pedida para o investidor que não gosta de volatilidade (Imagem: Reuters/Jon Nazca)

As eleições presidenciais de 2022 prometem fortes emoções, o que trará alta volatilidade para a Bolsa. Porém, há setores mais suscetíveis às declarações de candidatos e outros nem tanto. Esse parece ser o caso do setor elétrico, afirma o Bank of America.

O banco publicou relatório em que analisa o desempenho das elétricas em períodos eleitorais.

De acordo com os analistas, essas empresas possuem alta qualidade, com exposição às tendências de longo prazo, e são defensivas, com crescimento de lucros e rendimentos atraentes.

“A escolha de ações entre elétricas pode ser atraente para investidores avessos ao risco da volatilidade do mercado”, observa.

O BofA argumenta que, na média, o setor elétrico e de saneamento supera o Ibovespa (IBOV) em 9% em anos eleitorais.

Em 2018, por exemplo, essas ações dispararam no quarto trimestre dadas as esperanças de privatização. Apesar disso, o banco acredita que esse tema perdeu força para a maioria das empresas (à exceção da Eletrobras).

O que pode atrapalhar as elétricas?

Na visão do BofA, a disparada da conta de luz é o principal risco para as concessionárias, visto que políticos poderiam formular medidas populistas para sanar a alta dos preços.

No entanto, as energias renováveis ​​e a descarbonização foram os temas mais quentes dos candidatos durante as eleições (78% do total) passadas, enquanto apenas 44% criticaram as tarifas, destaca.

“Embora não esperemos que as políticas dos candidatos se concentrem na redução de tarifas, esperamos que o atrito com os recentes aumentos tarifários dominem o fluxo de notícias em 2022 (risco para os distribuidores)”, completa.

Quais ações ter?

O BofA indica que ter distribuidoras estatais parece mais arriscado, já que as análises mostram que as empresas costumam elevar os investimentos (capex) em média de 15% antes das eleições.

Entre os papéis indicados pelo banco estão Eneva (ENEV3) e Equatorial (EQTL3), “nomes de alta qualidade, gestão privada e bons alocadores de capital, que podem se beneficiar de tendências de longo prazo”, justifica.

A CPFL Energia (CPFE3) também foi lembrada pelo BofA por ter um portfólio bem diversificado e eficiente, oferecendo rendimentos de 14,5% de dividendos.

Devido aos resultados recentes, os analistas rebaixaram os preços-alvo de Copasa (CSMG3), de R$ 16 para R$ 14, e Taesa (TAEE11), de R$ 37 para R$ 34.

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