O risco que tira o sono de gestores com US$ 736 bi, segundo o BofA
Com o mundo registrando dois grandes conflitos, um no Leste Europeu e outro recente no Oriente Médio, que apresenta possibilidade de expandir suas fronteiras, a preocupação principal dos gestores de finanças globais ainda está voltada a uma questão econômica: a inflação.
De acordo com pesquisa do BofA (Bank of America), que ouviu por volta de 300 gestores que administram US$ 736 bilhões, os aspectos inflacionários do atual cenário macroeconômico e a consequente elevação – ou manutenção – das taxas de juros pelos bancos centrais são o principal risco no radar.
Numa eventual escalada da inflação, a política monetária pode ter de usar os juros altos como ferramenta de defesa. No Brasil, o presidente do Banco Central, Campos Neto, se disse preocupado com futuras medidas do Federal Reserve. Ele aponta que juros altos nos EUA drenam liquidez do mundo emergente.
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Risco geopolítico aumenta com guerra no Oriente Médio
A guerra entre Israel e Hamas vem em segundo lugar, também atrelado ao risco de alimentar a inflação globalmente, com a sensibilidade da região ao mercado de petróleo.
A pesquisa, feita no início do mês, revelou que esses investidores ficaram mais pessimistas com as tensões globais, aumentando recursos em caixa (liquidando ativos na bolsa).
O ‘risco geopolítico’ foi o risco que registrou maior crescimento entre os gestores, refletindo as incertezas trazidas pelo conflito no Oriente Médio. No Brasil, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o mundo vive uma ‘policrise‘.
A fala foi feito durante reunião do G20, em Marrakesh, no Marrocos. Ele afirma que a economia pode ser impactada por uma ‘fragmentação geoeconômica’, após citar ‘várias crises em curso’ no mundo.